Na campanha do rebaixamento, poucos nomes se salvaram na Ponte Preta. Diante de um elenco limitado e com poucas alternativas, Lucca foi quem mais se destacou. O atacante encerrou o seu ciclo em Campinas com uma marca de respeito: com o gol de pênalti marcado em São Januário, alcançou 24 tentos na temporada (em 61 confrontos) e se tornou o terceiro maior artilheiro da Macaca no século XXI.
Ele só foi superado por Washington, o Coração Valente, com 45 gols em 2001, e Willian Batoré, com 29 em 2013, ano do vice-campeonato da Sul-Americana e da queda à Série B.
No entanto, nem tudo foi motivo de comemoração. Na chegada do elenco pontepretano ao Aeroporto de Viracopos, após derrota para a Chapecoense, em setembro, Lucca, assim como Fernando Bob, foi agredido por torcedores – cerca de 30 estiveram no desembarque. Os presentes exigiram melhor desempenho do atleta de 27 anos, depois de clara queda de produtividade.
Em boa parte da competição nacional, o principal problema da Macaca foi a falta de pontaria do seu ataque. Dos 37 gols marcados, 13 foram de Lucca – equivalente a 35%. O camisa 9 ficou 13 partidas sem balançar as redes até quebrar o jejum diante do Corinthians. Depois, foram outros cinco jogos sem anotar antes da fatídica derrota para o Vitória, no Majestoso.
Devido ao bom rendimento em Campinas, Lucca retorna ao Corinthians, clube com qual ainda tem vínculo, a partir de janeiro. O jogador foi envolvido numa possível troca com Júnior Tavares, lateral-esquerdo do São Paulo. O negócio, entretanto, não evoluiu.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni-PontePress)