Terceirização avança, e Ângelo Foroni deixa as categorias de base do Guarani

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Ângelo Foroni já faz parte do passado do Guarani. O ex-treinador do Sub-20, responsável por dirigir a equipe na última Copa SP de Futebol Júnior, não chegou a um acordo com a diretoria e optou por deixar o clube.

O profissional de 36 anos esteve no Bugre desde fevereiro de 2015. De lá para cá, comandou o Sub-17 durante duas temporadas e dirigiu a categoria Sub-20 entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2018.

Foroni, em entrevista exclusiva ao Só Dérbi, deu detalhes de sua saída, comentou sobre o ambiente de trabalho no Alviverde e falou sobre o futuro de sua carreira.

Como você recebeu a notícia de que estava fora do Guarani?
“Quando acabou a Copa SP, eu tinha alguns projeto, mas a diretoria não pôde aceitar. O Guarani vai passar por um processo de terceirização e não tive garantias de continuidade. Quem saiba eu volte no futuro”

Quais planos você tem para a carreira?
“Eu quero fazer alguns estágios profissionais e o curso da Licença A da CBF. Fiz entrevista em dois clubes, mas ainda estou aguardando a resposta esta semana”

O poder dos empresários na base do Guarani atrapalhou o andamento do seu trabalho?
“Eu acredito que não. A parte dos empresários não chegava até o campo. A diretoria sempre me deixou à vontade para tomar as minhas decisões”

Quais aprendizados você tira da época de Guarani?
“Eu aprendi muito nestes três anos. Conviver com meninos de 16 a 20 anos, saber a história de cada um, saber que não adianta querer cobrar o garoto sem antes ter conhecimento do que está passando na casa dele são fatores importantes. Além de treinador, tive que ser pai, psicólogo e amigo. Trabalhar com garotos exige bastante, pois a maioria vem de periferias. O mais importante é que aprendi a formar o homem antes do atleta”

Dos atletas com quem você trabalhou quais podem ser utilizados pelo profissional, além dos promovidos recentemente?

“Eu trabalhei com um grupo forte. Seria injusto da minha parte citar um ou outro nome. Eu tenho plenas convicções de que todos terão um futuro brilhante – seja no Guarani ou em qualquer outro clube”

O seu plano é continuar na base ou tentar o profissional?
“Tenho planos de comandar um time profissional, mas não descartaria a base, desde que tenha uma boa condição para os atletas”

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Guarani Press)