Em 11 de dezembro, José Armando Abdalla Júnior foi eleito, por aclamação, novo presidente da Ponte Preta para o próximo quadriênio. Ao assumir o posto máximo da instituição, teve maior conhecimento da realidade financeira e se assustou: rombo de R$ 10 milhões de 2017, como consequência da administração de Vanderlei Pereira, e dívidas com atletas na Justiça.
O mandatário, então, foi obrigado a equacionar as contas para não fechar a temporada no vermelho novamente. Uma reestruturação do elenco do ano passado foi feita, com a saída dos experientes Aranha, Rodrigo, Fernando Bob, Renato Cajá e Emerson Sheik, e priorizou contratar apenas por empréstimo, sem a necessidade de desembolsar cifras altas. Afinal, o corte na cota de televisão com o rebaixamento à Série B foi duro aos alvinegros: de R$ 34 milhões para R$ 6 milhões.
Se o plantel construído pela Macaca está longe de empolgar, a saúde financeira parece tomar caminhos positivos. Com o título do Troféu do Interior e a classificação em três fases na Copa do Brasil, a Ponte Preta já embolsou R$ 4,56 milhões – o valor líquido é um pouco menor, haja vista a quitação de impostos e prêmios pagos por objetivos alcançados.
Após vitória sobre o Mirassol, o presidente Abdalla, em entrevista aos jornalistas durante as comemorações no gramado, fez questão de ressaltar que a diretoria tem conseguido, aos poucos, alcançar equilíbrio das finanças, além de destacar a importância da competição mata-mata, torneio mais rentável da atual temporada. “- A Copa do Brasil é a que mais paga. É claro que as premiações importantes e todo valor é bem-vindo. Nós estamos absolutamente em dia com nossos compromissos. Desde que eu assumi, já quitamos R$ 4 milhões do passivo dos R$ 10 milhões que tínhamos do ano passado. Gradativamente, estamos caminhando para o equilíbrio financeiro”, declarou.
Por enquanto, a diretoria ainda não se pronunciou se a folha da pagamento destinada ao Futebol Profissional aumentou ou diminuiu entre o período de transição do Campeonato Paulista para a Série B do Campeonato Brasileiro – antes, girava em torno de R$ 550 mil. A tendência é que os números sejam detalhados nas próximas semanas.
A Ponte Preta volta a campo na próxima quarta-feira, diante do Náutico, às 21h45, pelo jogo de ida da 4ª fase da Copa do Brasil. Em caso de classificação às oitavas de final, a Alvinegra leva mais R$ 2,4 milhões, pagos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: FPF)