Ponte Preta e rebaixamento à Série B com receita de R$ 74 milhões. É para sentar e chorar na calçada diante de tanto vacilo

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Independente da resolução dada pelo Conselho Deliberativo da Ponte Preta, diversas perguntas saltam aos olhos ao verificarmos o balanço financeiro publicado de maneira sintética publicada pelo clube em seu site oficial.

O principal é que os números ali presentes se constituem um atestado de incompetência. Como explicar que o departamento profissional de futebol tenha R$ 61 milhões para gastar e, no final, tenha colhido o rebaixamento à Série B? Como tanto dinheiro à disposição não se conseguiu montar uma equipe minimamente competitiva? Se compararmos com o trabalho feito por equipes de médio porte, como a Chapecoense, o problema fica maior.

No total, um orçamento de R$ 74 milhões foi insuficiente para escapar de um déficit orçamentário de R$ 5 milhões. Seria o caso de buscar explicações dos responsáveis por toda a estrutura da época, o ex-presidente Vanderlei Pereira, o gerente de futebol, Gustavo Bueno, o vice-presidente de futebol, Hélio Kazuo, e até o presidente de honra Sérgio Carnielli.

Os cofres abarrotados foram insuficientes para revelar um único jogador de ponta, algo comum no passado. Quem vai pagar a fatura? Quem vai assumir a responsabilidade?

Concordo que existe disparidade de cotas. Fato. A Ponte Preta poderia fazer mais e melhor. Faço uma comparação. Digamos que você faz parte de uma família que tem uma renda mensal de R$ 5 mil mensais enquanto o vizinho ganha R$ 20 mil a cada 30 dias.

Digamos que as duas famílias recebam um incremento. A família abastada ganhará mais possibilidades de consumo com um salário elevado para R$ 30 mil. Também é verdade que os vizinhos que passaram a ganhar R$ 10 mil também abrem o cenário para melhorias. Lógico, desde que não gastem com porcarias e supérfluos.

Não é de se estranhar que pontepretanos históricos como Marcos Garcia Costa, Peri Chaib, Zaiman de Brito Franco e outros tenham abandonado o merecido descanso pelas batalhas da vida e todos tenham comparecido na reunião de sexta-feira. Ninguém fica indiferente a tantos erros de gestão.

(análise feita por Elias Aredes Junior)