Vira e mexe Pelé participa de cerimônias que envolvem o Santos Futebol Clube. Marcos consagrou-se no gol do Palmeiras e agora virou uma espécie de embaixador da agremiação. No Flamengo, toda eleição tem um cabo eleitoral de peso: Artur Antunes Coimbra, o Zico. O que dizer então do costume do São Paulo homenagear seus ex-jogadores? Faço tal preâmbulo para propor uma reflexão ao torcedor bugrino: por que Amoroso está afastado do Guarani? Por que a atual direção abre mão de sua imagem e credibilidade?
Ele pode não contar com muitos jogos com a camisa bugrina. Está longe de ostentar um título brasileiro como Careca, Zenon e Zé Carlos. Más é inegável que sua identidade com o torcedor bugrino é forte. Em primeiro lugar, porque mesmo por vestir camisas como de São Paulo, Borussia Dortmund e Udinese, Amoroso abraçou a causa bugrina com fervor.
Em todas as entrevistas em programas de alcance nacional, faz questão de citar o Guarani, mostrar sua ligação com o clube, que torce por sua recuperação. Em um mundo perfeito, Amoroso seria designado como embaixador do clube. Seria incumbido de receber os novos componentes do elenco, descrever e dizer o que é jogar dentro do Estádio Brinco de Ouro da princesa.
Nada disso. Após seu desligamento do departamento amador, tanto Amoroso como seus auxiliares diretos saíram do cotidiano do clube. Em contrapartida, a atual direção bugrina não tomou um gesto sequer para uma distensão do ambiente e retorno da colaboração do ex-atleta, mesmo que de maneira indireta.
São nestes pequenos gestos que mostram o sentimento de união longe do Estádio Brinco de Ouro. Uma pena.
(análise feita por Elias Aredes Junior)