Sem brilhar nos 90 minutos, a Ponte Preta venceu o Genus por 1 a 0, em jogo realizado nesta quinta-feira em Porto Velho (RO) e válido pela segunda fase da Copa do Brasil. Como não venceu por dois gols de diferença, a Macaca terá que disputar os 90 minutos derradeiros na próxima quinta-feira contra o mesmo oponente no Estádio Moisés Lucarelli.
Um texto de jogo deveria trazer os melhores lances e a descrição e lances perigosos. Neste caso especifíco, é neessário mudar o roteiro. Existe a necessidade de questionar e refletir se Eduardo Baptista melhorou o time e produziu uma cara antes da estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Figueirense. Após os 90 minutos em Porto Velho (RO), é possível dizer com segurança que a nova comissão técnica tem um cardápio tático mais vasto do que o antecessor Alexandre Gallo. No entanto, existe um longo caminho a ser trilhado.
Primeiro, os pontos positivos. A Macaca procura tocar a bola em progressão e na base dos toques curtos, fruto da proximidade existente entre os setores. Neste contexto, ganha importância jogadores como Elton, claramente incumbido de dar o primeiro passe no rumo do setor ofensivo e dar apoio ao trabalho de transição do segundo volante, nesta partida a cargo de Mateus Jesus. Preocupação com Ravanelli. Técnico, habilidoso e com visão de jogo, o jovem parecia desconectado. Resultado: baixa incidência de chutões e bolas longas, algo inexistente até nos pés do goleiro João Carlos, que evitou “quebrar a bola”.
Em contrapartida, o posicionamento defensivo exibiu falhas. Nas laterais, o vacilo é constante e deu brechas a uma equipe com claras limitações técnicas. Brechas que culminaram até com uma bola na trave chutada pelo zagueiro Juninho aos 44 minutos. De consolo, ficaram as oportunidades perdidas por Rhayner. Prenúncio de boa notícia na etapa final.
Todo esse cenário repetiu-se na etapa final e aos 09 minutos o gol inaugural da Macaca quase aconteceu em chute de Felipe Azevedo e que foi desviado pela zaga. Na sequência, o escanteio encontrou a cabeça de Douglas Grolli, que desperdiçou.
Quatro minutos depois, a Macaca passou sufoco. Júlio César bateu falta com força, o goleiro João Carlos desdobrou-se para defender e a defesa salvou.
Eduardo Baptista não queria pecar por omissão e apostou em Léo Cereja no lugar de Rhayner. No primeiro lance, aos 16 minutos, o atacante recebeu em condições, encheu o pé e Tiago Rocha impediu o gol.
Sem mostrar uma atuação inspirada, a Macaca chegou ao seu gol aos 30 minutos. Wellington Paulista recebeu passe de Cristian, buscou a linha de fundo e cruzou para a conclusão de Felipe Azevedo.
Nos minutos restantes, a Macaca pressionou e também precisou evitar o empate, que quase surgiu aos 43min, em conclusão de Tcharles e defendido por João Carlos, a principal figura no gramado.
FICHA DO JOGO
Genus: Tiago Rocha; Guarate, Juninho, Edson Junior e Julio Cesar; Vitão, Fernandinho, Carlinhos (Robie) e Alex Ricardo; Tcharles e Wellitinho (Jackson). Técnico: Claudemir Pontin
Ponte Preta: João Carlos; Jeferson, Douglas Grolli, Kadu (Fábio Ferreira) e Reinaldo; Elton, Mateus Jesus e Ravanelli (Cristian); Felipe Azevedo, Rhayner (Léo Cereja) e Wellington Paulista. Técnico: Eduardo Baptista
Gols: Felipe Azevedo aos 30 minutos do segundo tempo
Renda: R$ 111.000,00
Publico: 3650 (total 4070)
Cartões Amarelos: Fernandinho, Fábio Ferreira, Ravanelli
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo
Local: Estádio Aluízio Ferreira, em Porto Velho (RO)