Acabou a espera! A diretoria da Ponte Preta chegou a um acordo com o Ministério Público (MP) e Federação Paulista de Futebol (FPF) e põe fim à punição de torcida única nas partidas desta temporada. A medida anterior era válida para todas as categorias e competições que envolvessem o time de Campinas.
A reunião teve participação do presidente José Armando Abdalla Júnior e dos diretores alvinegros Giuliano Guerreiro (Jurídico), Gustavo Valio (Financeiro) e Eric Silveira (Marketing). O procurador-geral do estado de São Paulo, Gianpaolo Smanio, o promotor público Paulo Castilho e o presidente e o vice da FPF, Reinaldo Bastos e Mauro Silva, respectivamente, também marcaram presença.
A determinação, no entanto, não engloba o dérbi com o Guarani, tampouco os confrontos contra São Paulo, Santos, Corinthians e Palmeiras. Isso significa que os alvinegros ainda estão impedidos de comparecer a esses confrontos como visitante e também não podem receber os adversários no Moisés Lucarelli.
“Nos reunimos diversas vezes com o Ministério Público, sempre mostrando que a instituição toma – e tomará – todas as medidas necessárias para coibir a violência e que o bom torcedor e as finanças do clube não deveriam continuar sendo punidos pelas ações de um grupo. Felizmente, sempre fomos muito bem recebidos e, ao longo deste tempo, negociamos uma solução. Ainda temos um jogo de portões fechados no Majestoso, mas o pontepretano já pode estar presente nos jogos fora e, depois do próximo duelo no estádio, os torcedores visitantes também serão muito bem-vindos”, disse Abdalla.
As torcidas organizadas, todavia, devem aguardar prazo de 30 dias – prorrogáveis por mais 30 em caso de necessidade – para voltar às arquibancadas. Isso porque, nesse intervalo, estão previstas obras, solicitadas pelo MP, que dão início a um programa pioneiro na Macaca, o qual deve ser estendido a todo estado de São Paulo. “Neste período será feita uma nova setorização no estádio e será criada, seguindo aos critérios estabelecidos, uma área exclusiva, com capacidade de três mil lugares. Há possibilidade, inclusive, de a Polícia Militar liberar faixas e instrumentos naquele setor”, explicou Giuliano Guerreiro, diretor jurídico.
A galera pontepretana, aliás, já está liberada para comparecer ao Estádio Bento Freitas, em Pelotas, no sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
A ORIGEM DO PROBLEMA
A pena entrou em ação graças aos episódios recentes de confusão envolvendo a organizada alvinegra. Em novembro do ano passado, no duelo com o Vitória, que decrementou o rebaixamento à segunda divisão, torcedores invadiram o gramado após o terceiro gol do time baiano, que rendeu punição de seis jogos com portões fechados em casa.
Em janeiro, antes de Botafogo e Ponte Preta, em Ribeirão Preto, pela segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, representantes de cada grupo entraram em conflito e a equipe foi proibida de ter apoio como visitante.
(texto e reportagem: Eduardo Martins e Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)