Os últimos tropeços do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro provocam uma discussão urgente: a busca de alternativas para a saída de Rondinelly, seja por suspensão ou lesão, como acontece na atualidade. O Alviverde parece refém do seu camisa 10.
Nem tanto pelo aspecto técnico, como foi no período em que Fumagalli esteve em campo. Mas taticamente ele não tem substituto e isso pode explicar o empate sem gols diante do São Bento.
Primeiro é preciso mentalizar a concepção de futebol de Umberto. Sua parte ofensiva na segundona regional era formada por dois meias armadores abertos, mas que tinham a velocidade como trunfo, casos de Erik e Bruno Nazário. Rondinelly era o pêndulo.
O armador, que flutuava em todos os setores e auxiliava tanto na armação com os laterais, também ficava mais próximo do centroavante. Sua lentidão de certa maneira complementava a rapidez dos companheiros de setor. E, por vezes, confundia o adversário ao recuar para executar o trabalho até de um segundo volante.
O que acontece sem Rondinelly? Os seus substitutos não demonstraram a inteligência e a leitura de jogo para a função. O Guarani fica previsível, por vezes até estático e presa fácil na marcação. Por isso que, em algumas oportunidades, a equipe do São Bento conseguia retomar a posse de bola e puxar o contra-ataque.
É motivo para desespero? Nem tanto. Só prova o quanto o camisa 10 faz boa temporada no Bugre e pressiona a diretoria para a busca de uma nova opção para o setor.
(análise feita por Elias Aredes Junior)