É só tirar o zagueiro e o goleiro e tudo estará resolvido no Guarani? Nem tanto!

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Após a derrota para o Paysandu e pelas oportunidades perdidas nos 90 minutos, a torcida do Guarani chegou à conclusão de que tirar o zagueiro Edson Silva e o goleiro Oliveira é a solução de todos os males.

Por um passe de mágica, tudo vai se resolver. O paraíso será instalado no Brinco de Ouro. As vitórias surgirão como por encanto. Será?

São fatores a serem analisados. Mas existem outros. Que não podem alojar-se na lata do lixo.

O primeiro entrave é a questão ofensiva. O que acontece com Bruno Mendes?

Por que ele perde tantos gols e/ou sequer pega na bola? Existem fatores técnicos e táticos. Interferem. São decisivos. Em outros pode ser um problema particular, um drama financeiro ou algo que lhe frustrou e que interfere o rendimento. Acontece. É preciso investigar e saber o que acontece.

O que dizer então do meio-campo? Trabalha a bola com qualidade e, por vezes, cede espaço ao oponente e comanda uma recomposição lenta que abre brechas.

Dá para acreditar nas atuais opções de banco? Guilherme, Rondinelly, Marcão e Erik são as alternativas ofensivas. Umberto Louzer utilizou Erik, Guilherme e Marcão foram utilizados e o último perdeu chance de ouro nos minutos finais.

Cabe pergunta: a qualidade do banco é suficiente para suportar um campeonato de alta complexidade como a Série B? Os jogadores dão conta do recado em toda e qualquer circunstância? É algo para se refletir.

A comissão técnica não pode escapar do radar. Não é o caso de demitir Umberto Louzer. Longe disso. Falta de senso ignorar a conquista da Série B e o fato de fazer jogar um time que teve atletas desligados em plena competição. É para poucos.

Mas ele precisa rever alguns conceitos. Especialmente nos jogos longe de Campinas. Por vezes o time concede espaço demais no meio-campo e permite a velocidade do oponente. Além da revisão de alguns titulares.

Um adendo: não adianta trocar o ruim pelo pior. Se a diretoria não se mexer e oferecer opções mais confiáveis na defesa, acredite: nem se o além formular uma comissão técnica com Carlos Alberto Silva e Zé Duarte dará jeito. Que cada um faça sua parte.

(análise feita por Elias Aredes Junior)