Os vacilos defensivos, principalmente na saída de bola, registrados no empate com o Avaí, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, parecem mudar a ideia de João Brigatti. O treinador interino, antes convicto com suas escolhas, demonstrou insatisfação a respeito do desempenho dos jogadores e não descartou mudanças no setor para o início do segundo turno na Série B do Campeonato Brasileiro.
“A partir de agora, vou pensar qual a melhor escalação. Preciso organizar uma equipe forte para os próximos compromissos”, admitiu, em entrevista coletiva.
Os planos da comissão técnica, entretanto, devem ficar para depois. Isso porque o curto tempo de preparação entre o tropeço no Avaí e o encontro com o Paysandu deve fazer o ex-goleiro repensar as medidas – a Macaca joga já nesta terça-feira, às 21h30, no Estádio da Curuzu, em Belém. A delegação desembarcou na capital paraense por volta das 2h da última madrugada e tem apenas um treinamento antes de entrar em campo novamente.
“Vamos reavaliar e pensar direitinho. O ruim é que o jogo acontece na terça. Tivemos viagem desgastante, mas vou analisar as melhores opções”, revelou.
Os mais criticados, no momento, são os zagueiros Renan Fonseca e Léo. O primeiro é titular absoluto desde o início da temporada e ainda é dono da braçadeira de capitão, enquanto o segundo assumiu a posição na metade do primeiro turno e caiu de rendimento nas quatro últimas rodadas. Os concorrentes pela vaga seriam Reginaldo e Reynaldo. Nas laterais, Igor Vinícius e Ruan continuam prestigiados.
A Alvinegra soma 26 pontos e ocupa a décima colocação na Série B, quatro pontos a menos em relação ao Atlético-GO, primeiro integrante do G4. Apesar da distância para o grupo de acesso e a irregularidade como mandante, Brigatti reforçou que o clube ainda tem condições de brigar pelo retorno à elite.
“O torcedor deve acreditar e não podemos jogar a toalha. O objetivo é o acesso e vamos em busca dele. Essas oscilações não podemos acontecer. Se mudarmos a nossa postura, podemos subir”, alertou.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa)