Arquibancada: Um balanço do primeiro turno da Ponte Preta na Série B do Brasileiro

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A receita é conhecida e manjada pela torcida pontepretana. São mais de 20 anos de um mesmo grupo que comanda o clube e que não tem objetivos futebolísticos algum. Se está na Séria A, o discurso é de “fazer um campeonato para se manter”. Se está na Série B, “vamos tentar subir”. Copa do Brasil e Paulistão nem sequer são citados. Com essa filosofia, o que esperar para os próximos 10 anos?

Nesse ano, a diretoria de superou e nem isso teve. Nenhuma declaração. Nada. Nenhuma palavra. É inacreditável ainda há quem defenda essa administração. Por isso, o balanço da Série B é dos mais chocantes da história recente: São sete vitórias, cinco empates e sete derrotas. Para completar esses números, o Campeonato Paulista foi ainda pior: duas vitórias, seis empates e quatro derrotas. No ano, foram 44 jogos com 15 triunfos, 15 igualdades e 14 tropeços.

Como é que vão fazer futebol profissional de alto nível se não conseguem organizar uma caravana com três ônibus para os sócios torcedores do TC10+? Como fazer futebol profissional se mantém um técnico interino por 12 partidas – você leu certo, são doze rodadas de indefinição – sem uma explicação razoável para isso? Garanto que João Brigatti ama muito mais a Ponte Preta que esses diretores incompetentes e sem ideias.

O mais incrível é que, ano após ano, a diretoria se deteriora. Eles se superam! No ano passado foi, sem dúvidas, uma das piores administrações da história da Ponte Preta. Com R$ 70 milhões, conseguiram ser rebaixados e deixar uma dívida de R$ 10 milhões e pendências trabalhistas. É brincadeira! Isso faz com que o incrédulo torcedor tenha saudades do Marco Eberlin no grupo de Whatsapp do Só Dérbi!

Sobre o time, sempre apoiei o Brigatti, mas Renan Fonseca e Léo Santos não dá mais para aguentar. Inseguros e, por vezes, inconsequentes. Depois que o Tiago Real se machucou, não vencemos mais. Vejam vocês… João Vitor ficou sem um companheiro minimamente lúcido no meio de campo e seu rendimento voltou a ser abaixo do que se espera. Danilo Barcelos e Orinho. A dupla que infernizou o dérbi e só! Orinho surfou nessa onda até o jogo contra o Juventude. Grande parte da torcida já não o apoia como antes.

O que vemos em campo é o puro reflexo do amadorismo que paira o Majestoso. Não tem milagre. Diretoria fraca = time fraco. Bastidores fraco = pênalti duvidoso.

(análise: André Gonçalves)