Muitos torcedores bugrinos celebraram a atitude do integrante do Conselho de Administração, Giba Moreno. Ao final do clássico com a Ponte Preta, enquanto o volante Ricardinho era entrevistado por uma emissora de televisão, ele ergueu um papel com uma provocação ao rival. Este jornalista tomou conhecimento de que denúncia foi encaminhada ao promotor Paulo Castilho. Veremos se providências serão tomadas.
Nem isso é prioritário. Duro é pensar que boa parte da torcida não percebeu algo básico. Ali, no gramado, não estava em campo o torcedor Giba Moreno. Se fosse torcedor nem deveria encontrar-se no local em virtude da instituição da torcida única. Quem estava no local era o representante da instituição Guarani. Um integrante da diretoria executiva. Uma pessoa que deveria atentar-se a liturgia do cargo que ocupa e tomar atitudes que mostrem sua noção sobre a dimensão da sua função.
Ou alguém viu nos áureos tempos Mário Celso Petraglia entrar no gramado com cartazes contra o Coritiba? Ou alguma vez Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte, entrou no gramado para tirar um sarro do Cruzeiro após uma vitória no clássico? Vou além: Ricardo Chuffi, o presidente do título brasileiro de 1978 teria tal postura?
Dirigentes que se portam como torcedores, podem até agradar as arquibancadas, mas perdem a credibilidade no mundo da bola.
Sei que o artigo não cairá no agrado da torcida do Guarani. Paciência. É preciso dizer: enquanto o Guarani bater palmas para atitudes extravagantes e ignorar gente com postura e comportamento de estadista, não há qualquer perspectiva de avançar e equipar-se em termos de estrutura aos principais clubes médios do Brasil.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)