Confusão da torcida com PM marca derrota da Ponte; dois jornalistas são feridos

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Estádio Moisés Lucarelli, o "Majestoso", da Ponte Preta.

Um fato triste marcou o final de jogo entre Ponte Preta e Brasil de Pelotas. Insatisfeitos com a derrota, diretoria, comissão técnica e jogadores, os torcedores entraram em conflito com a Polícia Militar, que precisou usar bombas de efeito moral, gás de pimenta e tiros com balas de borracha para conter o tumulto.

A tensão começou com o gol de Wellinton Júnior, herói da vitória do Xavante. A confusão se estendeu após o apito final para o portão principal do Estádio Moisés Lucarelli, mas nenhum indivíduo foi preso.

Como consequência do confronto, dois jornalistas foram feridos: Gabriel Castro (Rádio Globo/CBN) e Pedro Orioli (Rádio Central), ambos de Campinas. Os profissionais acabaram atingidos na cabeça por estilhaços de bombas quando se dirigiam à sala de imprensa, mas receberam atendimento ainda no local.

“Foi um corte pequeno, algo mais superficial. O Corpo de Bombeiros disse que seria necessário dar ponto, mas a médica pediu para dar reforçada na vacina anti-tétano. Estou com ouvindo zunindo e colocando gelo para diminuir o inchaço. A mão ficou um pouco ensanguentada e o susto foi grande. Agradeço a força de todos os colegas, mas graças a Deus não foi nada”, comentou Orioli, ao microfone da Rádio Bandeirantes de Campinas.

“Na verdade, quando nos aproximávamos da sala de imprensa, uma bomba estourou. Um estilhaço veio na cabeça, começou a zunir tudo e a sangrar. Houve um primeiro atendimento e devo precisar levar um ponto. Ainda vou passar no hospital para ser melhor medicado”, emendou Castro.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)