Gilson Kleina é simpático. Gente boa. Contador de histórias. Capacitado para controlar vestiários como poucos. Em um mundo selvagem como o futebol, o seu perfil satisfaz. Juntamente com seu conhecimento sobre futebol, é capaz de construir boas campanhas. E seduzir todos ao seu redor: jogadores, dirigentes, jornalistas e torcedores. Em contrapartida, também é capaz de gerar um ódio inexplicável. Parece que ser simpático é pecado.
A linha é tênue e a partir de agora, é preciso separar as coisas. Nem o ódio desmedido e nem o fanatismo inconsequente. Seu trabalho deve ser analisado de maneira serena, cordata e justa. Compreensão sobre os seus obstáculos que tem pela frente. Uma equipe sem confiança, com poucas opções no banco de reservas e para temperar o cardápio, uma crise política cujo ingrediente principal é a vaidade.
Olhar com lupa o trabalho no gramado é obrigação tanto dos dirigentes como dos formadores de opinião. Sabemos que ele à disposição uma defesa sólida, que sofreu apenas 26 gols na Série B. Seu problema é o ataque, com apenas 30 gols anotados. Pobre demais.
A exigência é por evolução rodada a rodada e trabalhar naquilo que é necessário, ou seja, um time compactado, com capacidade de armação e marcação e que use o mínimo possível a ligação direta. Saber entender que esta partida contra o CRB pode até não conseguir apresentar o mínimo para formar uma boa equipe, mas um esboço, uma forma de chegar ao gol deve surgir no horizonte.
Muitos amam Gilson Kleina. Outros odeiam a ponto de soltar o figado pela rua. Ponderação é essencial ou quem sairá perdendo é a Ponte Preta.
(análise feita por Elias Aredes Junior)