Dizem que contra fatos não há argumentos. Pois dá para dizer que o ranking nacional de clubes divulgado pela CBF nesta quarta-feira demonstra que a Ponte Preta não avança. Patina de lado e não consegue evoluir e equiparar-se a rivais do seu mesmo patamar técnico e financeiro.
Ao apurar os últimos quatro rankings divulgados em 2016 o documento mostrava a Alvinegra na 17ª posição com 8082 pontos. No ano seguinte, a equipe ficou com 9076 e na 15ª colocação. Com o rebaixamento na divisão de elite, em 2017, a Alvingra caiu para a 16ª posição com 8429 pontos. Neste ano, a Ponte Preta cravou a 18ª posição com 8052 pontos. Fruto da quinta colocação na Série B e com 60 pontos.
Tal irregularidade se por um lado demonstra que o time campineiro continua entre os 20 melhores clubes do Brasil, por outro poderia ser muito melhor se a Ponte Preta definisse uma gestão continua e coerente no futebol, com formação de base a partir das categorias menores. Há uma queda de colocação nos últimos anos, mas sempre com manutenção no pelotão de elite.
Todos admitem as deficiências de estrutura da Ponte Preta em comparação aos gigantes do futebol brasileiro e inclusive para algumas equipes como o Ceará, 23º no ranking e com um bom Centro de Treinamento para atender suas necessidades.
Pare, pense e reflita: imagine se a Ponte Preta tivesse uma alta média de público, um quadro político bem administrado e condições de trabalho decentes e modernos aos seus atletas. Imagine os frutos que seriam colhidos.
Ouso dizer que chegar a final de Sul-Americana ou de Campeonato Paulista não seria um acidente de percurso e sim algo mais rotineiro, mesmo com o poderio financeiro dos oponentes. Não sou eu que digo isso. São os números. Basta boa vontade para buscar o que parece impossível para muitos.
(análise feita por Elias Aredes Junior)