Especial Sócio Torcedor: RMC liga para tudo, menos com Ponte Preta e Guarani

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Temos poucas pesquisas sobre a preferência de torcidas na cidade e na Região Metropolitana de Campinas. Deveriam ser instrumentos essenciais na montagem de estratégia para captação de novos associados ao programa de Sócio Torcedor. Dirigentes de Ponte Preta e Guarani utilizam o Paulistão para fisgar o público alvo.

No Brinco de Ouro, ingresso será colocado em valor elevado para induzir o bugrino a aderir ao programa de fidelidade.

Na Ponte Preta, o programa continua em vigor de mãos dados com políticas de ingresso mais barato. Só que antes seria necessário elevar a base de adeptos dos protagonistas do dérbi.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Guimarães no final de 2016 e início de 2017 deveria servir de alerta máximo.

Neste levantamento, o líder das preferências é o Corinthians com 20,7%. A segunda colocação fica com a Ponte Preta com 130.693 torcedores. O São Paulo tem 11, 6% enquanto que o Guarani, sem levar em consideração a margem de erro, está com 6,3% das preferências. Na sequência, a cidade registra torcedores do Santos (6,1%), Palmeiras (5,6%), Flamengo (3,1%) e outros (1,5%) e a Seleção Brasileira (1%).

Traduzindo: 43% dos residentes em Campinas não torcem nem para Ponte Preta e Guarani. Se juntarmos com os 31,3% daqueles que não gostam de futebol e o percentual de 1% que torce para o escrete canarinho temos 75,3% dos habitantes que não dão bola para os times locais. Um levantamento que se for esticado para toda a Região Metropolitana de Campinas ganha contornos dramáticos.

A exiguidade do campo de ação para captar novos torcedores não é o mais desesperador. Afinal, se ampliarmos a pesquisa para a RMC teremos apenas 607 mil habitantes dos 3,3 milhões do total que vestem o manto de Guarani e Ponte Preta.

Pior é redução dos torcedores com poder aquisitivo para participarem do Sócio torcedor. Algo que merece uma análise mais pormenorizada.

(texto, dados, reportagem e análise de Elias Aredes Junior)