Jorginho é um vencedor. Tetracampeão do mundo com a bola no pé. Vitorioso na vida e na bola. Tem um lugar no coração do torcedor pontepretano. Incontestável. No entanto, ele é um ser humano como eu e você. E algo precisa ser dito: em jogos decisivos sentado no banco de reservas da Ponte Preta ele inspira mais receio do que expectativa.
Até hoje não há como esquecer da final da Sul-Americana contra o Lanus. Magal no meio campo e Fernando Bob na lateral esquerda em lugar de Uendel, suspenso. Chiquinho, improvisado algumas vezes como ala, sequer foi cogitado. Resultado: derrota na Argentina e fim do sonho do titulo.
Contra a Aparecidense era uma partida decisiva. Exigia um espírito diferente, uma postura mais forte diante do adversário. Não aconteceu. Escalação? Muito retraída. Faltou criatividade e postura. Nathan, Edson e Gerson Magrão deixaram a equipe presa, sem mobilidade. Em ultima análise, Jorginho é o responsável. Afinal, a escalação foi decisão sua.
Não é o caso de condenar. Nada disso. O saldo do treinador pontepretano é ótimo. Mas que esse jogo sirva de reflexão e análise. Que Jorginho faça como Tite após perder do Tolima e amargar a desclassificação corinthiana na Libertadores de 2011. Reciclou conceitos e iniciou um período virtuoso.
Não há tempo para lamentos. A Série B é logo ali. É preciso fazer do limão uma limonada. E evitar um gosto amargo na boca no final do ano.
(Elias Aredes Junior)