Quando aprovou o orçamento para a atual temporada, a diretoria executiva da Ponte Preta depositou suas fichas em boa campanha na Copa do Brasil. Alcançar novamente as oitavas de final e faturar R$ 3 milhões. Todo o sonho foi por água abaixo após a derrota para o Aparecidense.
Temos o seguinte quadro: um prejuízo de R$ 2,4 milhões e a urgência de buscar o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Nem a premiação com a conquista do Torneio do Interior vai amenizar o quadro delicado.
O buraco orçamentário está criado e com uma folha salarial de R$ 920 mil mensais. Em um campeonato nivelado como a Série B, dá para sonhar com a promoção à divisão de elite. Claro, desde que tudo seja pago em dia.
Como deixar as contas em ordem? Da parte dos dirigentes será preciso racionalizar custos, minimizar os erros em contratações e utilizar ao máximo as categorias de base para as peças de reposição não serem tão custosas. Jorginho será forçado a adaptar-se a nova realidade: solidariedade, competição e foco para buscar o acesso. Nada de timaço.
Compreendo a ausência de animo da torcida. Mas seja pelo Sócio Torcedor ou pela aquisição de ingressos, as arquibancadas do Majestoso precisam ser preenchidas. Convenhamos: média de 4487 pagantes por jogo e taxa de ocupação de 24% está muito aquém para um candidato ao panteão dos melhores.
No fundo, no fundo, a derrota para o Aparecidense trouxe um lado positivo: forçar todos a colocarem os pés no chão e focar na velha máxima: fazer muito com pouco.
(Elias Aredes Junior)