Os homens e suas vaidades querem destruir o Guarani. A torcida poderá salvar o clube na Série B e mudar o curso da história

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Seja na vida real ou virtual, a tensão é latente no torcedor do Guarani. O tempo passa, os reforços não agradam, os treinadores idem e as perspectivas parecem as piores possívéis. Um torcedor que conheci recentemente, Bruno Vicentin admitiu que não acredita em obtenção fácil dos 45 pontos para manutenção. Acesso? Algo distante na visão deste e de muitos apaixonados pelo alviverde.

Os dirigentes não colaboram em nada para uma injeção de otimismo. A eleição do Conselho Deliberativo não aconteceu, o presidente do Conselho de Administração é contestado internamente e o orçamento é curto. Em parte porque não houve definição de uma parceria para o futebol e também porque outras fontes de financiamento sumiram.

Para completar o cardápio, em três jogos treinos, um gol marcado e nenhuma vitória. Mesmo que os responsáveis pelo departamento de futebol e o técnico Vinicius Eutrópio acenem com evolução nos jogos, o fato é que o resultadismo é algo inerente e presente no futebol nacional.

Queiramos ou não, a torcida do Guarani terá que respirar fundo, ocupar o tobogã e virar o 12º jogador. Transformar o improvável em algo palpável.

Para ilustrar, eu recorro a dois fatos vividos pelo próprio Guarani. Em 2009, o então técnico Oswaldo Alvarez foi contratado apenas para viabilizar a manutenção. O entrosamento elenco-comissão técnica-torcida foi tamanho que alcançou o vice-campeonato.

Em 2011, os atrasos de salários poderiam provocar uma queda para a Série C. Sob o comando do falecido técnico Giba e do preparador físico Walter Grassmann, o Alviverde respirou e fugiu do rebaixamento. E com ajuda das arquibancadas, que entenderam a conjuntura e empurrou o time.

Sim, os homens não dão motivos para vestir a camisa do Guarani e desfilar pelas ruas de Campinas. Vá ao Brinco de Ouro não por eles e sim por um clube que ainda está em reconstrução.

(Elias Aredes Junior)