O volante Ricardinho é um líder positivo no Ricardinho. Está na historia por ser o autor do gol que deu o acesso no Campeonato Paulista no confronto diante do XV de Piracicaba.
Taticamente é precioso. Se o técnico Vinicius Eutrópio deseja realmente um esquema ofensivo, tudo isso passa pela volúpia do camisa 8, capaz de um trabalho de transição que tira a bola do campo defensivo e leva ao campo de ataque.
Só existe um problema: Ricardinho não é Deus. Não é capaz de tudo. E polido, educado e homem de grupo como é, faz de tudo para preservar os companheiros.
Exemplo disso foi após o jogo treino contra o São Caetano em que lhe foi perguntado quais são os principais defeitos da equipe. “Levamos o gol em mais uma coisa que precisa ser corrigida, que é a equipe adversária ter uma chance, vai lá, e faz o gol. Não pode acontecer. E a gente tem volume, chuta, perde gols na pequena área. São coisas que temos que corrigir, precisamos ser mais malandros, decisivos para que a gente consiga as vitórias e confiança”, afirmou o capitão.
Não posso avaliar pelo jogo treino, mas no Paulistão tal problema acontecia porque em dado momento o time perdia força, potência e não conseguia fazer a recomposição de maneira satisfatória. E também pela qualidade dos zagueiros bugrinos, que deixa a desejar.
As informações que recebi do novo preparador físico Leonardo Fagundes são as melhores. Ou seja, se o Guarani tiver paciência e lhe der respaldo, em médio prazo talvez o time tenha um rendimento físico linear e com capacidade para executar o que pede o técnico bugrino e de quebra defender. Defender melhor? Melhores zagueiros.A bola entrar? Arranjar um outro protagonista além de Diego Cardoso.
Ricardinho fez o diagnóstico correto. O conserto não depende dele e sim da diretoria e de seus companheiros. Que não tenha tanta dor de cabeça na Série B. Ele e a torcida.
(Elias Aredes Junior)