Guarani vira réu em mais 16 ações trabalhistas em 2019; Marcelo Cabo pede R$ 370 mil

6
4.293 views

Uma pesquisa feita pela reportagem do Só Dérbi dentro do sistema de registro da Justiça Trabalhista constatou que a gestão de Palmeron Mendes Filho recebeu neste ano de 2019 mais 16 ações trabalhistas em que jogadores e ex-funcionários pedem indenização por falta de pagamento de salários e até com acusações de assédio moral. O valor total alcança R$ 1,675 milhão.

A maior quantia requisitada é pelo ex-técnico Marcelo Cabo, hoje no CSA. De acordo com o texto assinado por Laércio de Almeida Fereira, o Guarani contratou Cabo para ser técnico no período de 29 de agosto até 30 de novembro de 2017, término previsto para a Série B. Mas o roteiro não saiu de acordo com aquilo que estava estabelecido. “(…)de modo unilateral e abrupto, sem qualquer justificativa, acordo ou aviso prévio, o mesmo foi demitido no dia 08/10/2017 (conforme documento em anexo), publicado em todos os meios de comunicação nacional, sem ao menos ser-lhe apresentado o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho devidamente assinado e quitado ou ainda, o pagamento das verbas rescisórias a que faz jus até a presente data”, afirma o texto entregue na Justiça. O total requisitado pelo treinador é de R$ 370 mil reais.

Outra ação que chama atenção é a do lateral esquerdo Marcilio, que jogou na Série B do ano passado e pede ainda o pagamento de R$ 51 mil. De acordo com ele, na ação assinada pelo advogado Eduardo Beil, o salário de Marcilio era de R$ 7 mil. “No contrato de trabalho e CTPS do Reclamante, irregularmente constou como salário somente o valor mensal de R$ 2.000,00, mas na verdade o salário do Reclamante era de R$ 7.000,00, dos quais R$ 5.000,00 eram pagos “por fora”, diretamente em sua conta bancária”, afirmou o advogado na sua peça judicial. Outra ação que chama atenção é do zagueiro Fabricio, cujo pedido é de R$ 114 mil.

Chiclete e de Felipe Diadema, ambos formados dentro do clube. Pelas ações assinadas por seus advogados, o salário de ambos era de R$ 1,2 mil mensais e mesmo assim foram constatada a falta de pagamento de salários e direitos. No caso de Chiclete, existe uma acusação de assédio moral. “Ademais, vale ressaltar que o atleta foi cerceado de treinar com o time. “(…)O reclamante treinava em horário alternativo, sozinho no campo, em horário diferente da equipe. Ressalte-se que no final

de outubro de 2018, o reclamado informou ao autor que “não precisava mais se apresentar ao Clube (…)”, afirmou a advogada do volante Chiclete, Carolina Basso Roni.

Em contato com a reportagem do Só Dérbi, o presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, disse que o Guarani não foi notificado por nenhuma das ações. “Para podermos nos manifestar precisamos conhecer o teor delas primeiro”, disse o dirigente, que assegura legalidade em todos os contratos do clube. “Posso te garantir que não existe salários por fora. Ao menos não pelo Guarani”, arrematou.

(Elias Aredes Junior)

OS AUTORES DAS AÇÕES TRABALHISTAS CONTRA O GUARANI E AS QUANTIAS REIVINDICADAS

  • Marcelo Cabo – 370mil
  • Philipe Maia – 165mil
  • Denner – 161mil
  • Guilherme  – 171mil
  • Marcelo Geovani (preparador de Goleiro) – 112mil
  • Fabricio – 114mil
  • Marcilio da Silva Migue – R$ 51 mil
  • Willian – 75mil
  • Felipe Diadema – 78mil
  • Mateus da Silva – 50mil
  • Georgemy Gonçalves – 30mil
  • Matheus Chiclete – 50mil
  • Gabriel de Oliveira Pereira – 47mil
  • Wagner Moreira Chaves (Massagista) – 11.700,00
  • Anderson Ferreira (Pará) – 90mil
  • Evandro – 100mil

(Fonte: Justiça do Trabalho)