A guerra política na Ponte Preta chegou a níveis estratosféricos. Sérgio Carnielli e José Armando Abdalla Junior estão rompidos. O atual mandatário mandou um oficio em que requisita a devolução da documentação referente a Arena, prevista para o atual Centro de Treinamento do Jardim Eulina. Aparentemente, um ato de coragem. Mas pode virar um tiro no pé. E tudo está condicionado ao que ocorrer no gramado durante a Série B.
Se a atual diretoria executiva conseguir o acesso, tudo será festa. Independência financeira decretada. Sérgio Carnielli provavelmente sairá pela porta dos fundos.
E se o time não conseguir seu objetivo? Não será difícil imaginar a reabilitação plena, total e absoluta de Sérgio Carnielli. Muitos torcedores e conselheiros influentes não pensarão duas vezes em apontar o presidente de honra como detentor de uma liderança inquestionável e de poderio financeiro que não pode ser desprezado.
Imediatamente, os resultados negativos da gestão Abdalla serão relembrados: a constante troca de técnicos – sete treinadores desde janeiro de 2018- o fracasso em duas edições de Campeonato Paulista e a desclassificação na fase inicial da Copa do Brasil com dois jogos diante da Aparecidense.
Um novo fracasso na segundona fará com que Carnielli seja reabilitado em tempo recorde. Vou além: os ex-oposicionistas que hoje fazem parte da gestão serão convocados a assumirem o fracasso.
Não haverá meio-termo. Após o ultimo sábado de novembro Sérgio Carnielli só terá dois caminhos a seguir: a glória ou a vilania. Cruel? Injusto? Não sei. Só sei que esse é o futebol.
(Análise feita por Elias Aredes Junior)