Torcedores bugrinos reclamaram e com razão sobre o empréstimo do meia e atacante Matheusinho ao Grêmio. Um desfalque para o técnico Roberto Fonseca administrar em um cenário de caos.
Dessa vez, porém, vou isentar o departamento de futebol profissional. Autorizar tal transação é a consequência de uma lambança administrativa iniciada no queijo, o prédio anexo ao Brinco de Ouro.
Se ninguém lhe avisou eu digo: no inicio do ano, o presidente Palmeron Mendes Filho apostou as suas fichas na terceirização (ou cogestão) do departamento de futebol profissional.
Sonhava com aportes de dinheiro e um novo gestor para pagar a folha do futebol. Fez tudo errado. A condução política foi a pior possível desde o ano passado e o que foi colhido nesta temporada foram apenas frutos amargos.
Resumo da ópera: como o Guarani ainda convive com a fiscalização da justiça e a verba disponibilizada para a Série B é curtíssima, todos tiveram que sair a campo para buscar receita.
Agora, pense: o Guarani precisa reagir no campeonato. Como administrar um vestiário com risco de atraso de salário? Do que adiantaria ter Matheusinho sem o pagamento do salário no final do mês?
E por causa deste lapso de gestão, infelizmente outros garotos estão ameaçados de sair até o final. Porque a sinceridade é matéria neste momento. O Guarani precisa sobreviver neste ano. Ou seja, permanecer na Série B e pagar suas contas trabalhistas. E infelizmente, por falha dos homens certamente deverá vender os anéis para não perder os dedos. Triste, mas é a realidade.
(Elias Aredes Junior)