Futebol é motivo de conversas em várias ocasiões. Sempre é bom recordar atletas, treinadores e até dirigentes que fizeram história. Nestes tempos de internet e de informação vertiginosa, personagens icônicos são esquecidos. Gente que colaborou para conceder um instante de alegria a milhares de pessoas. Esquecimento total
Na Ponte Preta não é diferente. Jovens de até 35 anos e até torcedores com 50 anos ou mais não reverenciam quem já fez história. Claro, jornalistas esportivos não deveriam entrar nesta conta. Falo do torcedor comum. Aquele que lembra de Washington, Mineiro, Luis Fabiano, Dario Gigena, Ricardo Jesus e ignore outros tão ou mais importantes. Citarei três exemplos:
- Osmar Guarnelli- O beque com história no futebol carioca virou treinador e conduziu a equipe na campanha de acesso na divisão intermediária em 1989. Importantissimo. Por que? A Macaca tinha sido rebaixada em 1987 e tentou jogar o Paulistão de 1988 e foi barrada pela Justiça. Juntou os cacos e foi ao gramado em 1989. Com poucos recursos e muita transpiração. Sem Guarnelli no comando, ficaria mais difícil. Certeza.
- Chicão- Deveria ser mais homenageado. Foi vice-artilheiro do Campeonato Paulista de 1983, ao ládo de Sócrates, com 21 gols em 41 jogos. E isso em uma época que a Ponte Preta já sentia alguns problemas em relação a perda de jogadores. Em seis anos como profissional da Ponte, Chicão marcou 105 gols. Posteriormente, alcançou a Seleção brasileira e fez parte do grupo que ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. E atuava na Macaca? Qual o motivo do esquecimento? Não entendo.
- Weldon:Com razão, o torcedor pontepretano tem paixão por Dario Gigena. Não é todo dia que se anota três gols na casa do principal rival e em jogo de Campeonato Brasileiro. Por esse lado, Weldon também deveria ser pauta de papo de boteco. No dia 10 de julho de 2004, a Macaca venceu em casa do Guarani por 3 a 1. Weldon fez os três gols. Sem contar a partida primorosa.
- Pedro Luis: Relembro não por causa de talento. Identificação conta muito. E quem vai negar o papel do zagueiro em meados da década de 1980? Vigor, raça e determinação faziam a diferença.
- Tuta: O time de 1977 é o melhor da história da Ponte Preta. Ponto. Elogiamos todos. Encontramos adjetivos para relembrar suas façanhas. Por que o ponta esquerda Tuta não recebe homenagens costumeiras? Pode não ter tido a velocidade de Lucio ou a habilidade de um Dicá, Rui Rei e até de Marco Aurélio. Mas fez história. Deveria ser lembrado sempre. Uma prova de que não estamos equivocados: Tuta não tem perfil no site oficial da Macaca.
Você tem algum jogador para citar e que deve ser mais relembrado? Coloque na área de comentários.
(Elias Aredes Junior)