Renato Cajá nunca foi e jamais será salvador da pátria. Mesmo assim, que tenha sucesso na Macaca!

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Jogador de futebol deve ter sua trajetória respeitada. Podemos avaliar sua performance técnica, tática e psicológica. Mas quanto uma marca é feita não há como contestar. Prova disso é Renato Cajá. Deve ser anunciado na segunda-feira como novo jogador da Ponte Preta.

Jogará pelo Juventude contra o Náutico no domingo e posteriormente cumprirá contrato de empréstimo na Alvinegra.

Vai atuar na reta final da Série B. Como Rafael Longuine luta contra questões físicas e clinicas, a contratação é justificada por um lado, mas por outro tem boa dose de desconfiança.

Cajá teve bom rendimento em um calendário bem mais elástico e com intervalos de jogos mais condizentes com o calendário da recuperação física.

Só tem um problema.  Em 134 dias, de 28 de abril a 09 de setembro, Cajá precisou disputar 20 partidas pelo time de Caxias. Agora, terá que entrar em campo 16 vezes em quase 80 dias. É uma diferença brutal para realizar a recuperação física.

Ou seja, não dá para pedir rendimento de excelência de um atleta de 34 anos. Talvez tenhamos uma reprise de 2014. Naquela ocasião, Adrianinho e Renato Cajá fizeram o revezamento necessário para alcançar a divisão principal. Desta vez, Longuine pode ser o companheiro.

No fundo, no fundo, a conjuntura deixa uma lição: não existe salvador da pátria. Planejamento e competência é sempre salutar. Que Cajá não pague pelo erro dos outros.

(Elias Aredes Junior)