Guarani: sem superação no gramado, o pesadelo pode voltar. Infelizmente

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O Guarani está quatro pontos acima da zona do rebaixamento, apesar das derrotas para Botafogo e Cuiabá. E só não está em quadro dramático porque o segundo turno foi palco de proezas inimagináveis.

Ou alguém em sã consciência esperava uma vitória bugrina sobre o Vitória em plena Fonte Nova? E os três pontos conquistados diante do Atlético-GO? E o triunfo contra o CRB (AL), que também briga pelo acesso? Pois é.

Nestas ocasiões, além de uma disciplina tática ferrenha e o brilho individual de alguns jogadores como Davó, um fator ficou latente: superação. Acreditar até o ultimo minuto. Marcar como leão todos os espaços do campo.

Se verificarmos a tabela da reta final da segundona, o quesito terá que entrar em campo novamente.  O Guarani terá quatro jogos em casa. Se vencer todos não há o que temer. Fica na segundona em 2020. Duro é constatar que o primeiro embate é diante do Sport, o melhor time do returno; o clássico contra a Ponte Preta; e jogos contra Operário e América Mineiro, que fazem campanhas que estão longe de serem desprezíveis.

Responda para si mesmo torcedor bugrino: de modo natural e só na base do talento, o Guarani ganhar esses jogos? E fora de casa contra São Bento, Bragantino, Vila Nova e Londrina? Excetuando-se o confronto contra o líder, os outros três jogos são contra concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento.

Não vai bastar Thiago Carpini escolher os melhores atletas e aplicar a melhor tática. Sem sangue, suor e lágrimas, o inferno da Série C é logo ali. Melhor evitar.

(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira-Guaranifc-divulgação)