Concordo sobre o equilíbrio da Série B e sobre suas nuances. Admito que algumas equipes estão em patamar acima dos demais em relação ao poderio financeiro, como o Bragantino.
Entretanto, independente daquilo que acontecer até o dia 30 de novembro, uma cobrança enérgica terá que ser realizada no final do Campeonato em relação a uma folha de pagamento de quase R$ 1 milhão mensais para o departamento de futebol profissional. E com detalhe: um local sem diretor estatutário.
Mais: as seguidas reformulações detonadas já era um sinal de que algo não terminaria bem. A Série B de 2018 acaba e de imediato é iniciada a reformulação e contratação de jogadores. A base construida é esfacelada ou sobra muito pouco.
Marcelo Barbarotii contrata Mazola Junior, o time não dá certo e começa a parte decisiva da temporada em ritmo de reformulação. Penso que existe algo errado quando uma agremiação promove 15 rescisões de contrato e os gastos continuam inalterados. Ou a redução é ínfima.
Equipes com o perfil da Ponte Preta só podem construir sua trajetória em cima de dois pilares. A primeira é a garimpagem de jogadores baratos, competitivos e com possibilidade de revendas. O clube ganharia em cima de um atleta com apetite e vontade de vencer. E uma diretoria de futebol antenada as 24 horas do dia para mobilizar e pressionar o treinador a retirar aquilo que existe de melhor de cada um.
Outra estrada é a categoria de base, que há tempos não arranca suspiros do torcedor. Pior: quem poderia dar um jeito acaba descartado como Leandro Zago, hoje com sucesso no Atlético Mineiro.
Hoje, a dura verdade é que a Ponte Preta vive de remendo ou espasmos. Contrata treinadores ou jogadores sempre com a função de dar um “Sprint” final ou uma soma extraordinária de pontos.
Futebol é feito com razão, planejamento, profissionalismo e sem remendo. Ultimamente, a diretoria executiva da Macaca parece desconhecer preceitos tão básicos de gestão.
(Elias Aredes Junior)