Análise Ponte Preta: Fabinho Moreno provou em poucos minutos que é possivel fazer mais e melhor

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A alteração no intervalo causou estranheza. Fabinho Moreno retirou Bruno Rodrigues – que não decepcionava – e apostou em Alisson Safira. Quando a bola rolou o treinador  postou um volante fixo, três encarregados da armação – Dahwan, João Paulo e Apodi e o ataque com Felipe Saraiva e Roger na frente. O volume de jogo cresceu assustadoramente, a pressão foi instalada e o gol de pênalti de Roger foi uma consequência.

No restante do tempo, a equipe não perdeu o ímpeto e fez o goleiro Saulo operar pelo menos três defesas de alta complexidade. Um herói forjado novamente pela ineficiência do camisa 9 nas conclusões. Algo admitido pelo próprio atacante na entrevista coletiva pós-jogo.

Concordo que a missão foi facilitada pela expulsão do zagueiro Elton. Jogar com um homem a menos por todo o segundo tempo tirou todo o ímpeto ofensivo da Ferroviária. O contra-ataque ficou escasso.

Isso não impede a constatação de que Fabinho Moreno provou por A mais B que, apesar de alguns jogadores limitados é possível produzir mais e melhor. O potencial técnico da equipe não foi totalmente explorado por Gilson Kleina.

Sem contar que ao expor o modelo de jogo o coordenador de futebol e técnico interino exibiu, mesmo que involuntariamente, a premissa de que falta debate e troca de ideias na Macaca. Terminar o ano e patrocinar uma pré-temporada com o esquema de três atacantes sem deixar brechas para novas formulações é a comprovação de que a Alvinegra estava presa a uma única ideia de jogo. Que João Brigatti não caia na mesma armadilha.

(Elias Aredes Junior- foto de Álvaro Junior-Pontepress)