O que muitos defendem é que nada será como antes. Tudo vai mudar após a pandemia do coronavirus. Como o futebol não é uma ilha podemos pensar em várias hipóteses.
Quero me deter na maneira como vamos nos relacionar com os estádios Brinco de Ouro da Princesa e o Moisés Lucarelli.
A expansão do coronavirus depende da existência de aglomerações mas também é verdade que as condições de higiene contam e muito. Se isso não fosse verdadeira não estaríamos com a obsessão de lavar as mãos com água e sabão e álcool em gel no período que ficamos acordados.
Feche os olhos e relembre as vezes que você frequentou os estádios de Campinas, seja na vitalícia ou nas arquibancadas.
Pense e remonte a cena na sua cabeça. Relembre os banheiros sujos, em péssimas condições. As reclamações (justas!) encaminhadas pelas mulheres em relação aos banheiros.
Pense: você continuará com vista grossa? Aceitará isso numa boa? Ou exigirá que todos os banheiros, sem exceção estejam impecáveis?
Muitas vezes a sujeira é produzida pelo próprio torcedor, que não faz atos deploráveis em casa mas considera o estádio de futebol como terra de ninguém. Quando a bola voltar a rolar, este Cascão sem graça e alma não será repreendido?
E os alimentos vendidos nos estádios? Os comerciantes não serão orientados (ou pressionados!) a exibirem procedimentos e vestimentas que priorizem a higiene?
E que ninguém venha dizer que as Arenas são limpinhas e por isso há necessidade de construção das duas em Campinas. Balela. Lugar limpo, decente e em condições plenas de higiene é obrigação. Seja qual for o estado do equipamento.
Espero que o torcedor campineiro tome isso como lição do coronavirus e coloque isso em pauta.
(Elias Aredes Junior)