Uma proposta para finalizar o Paulistão e o seu principal adversário: a burocracia

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Vinculado a Rádio Jovem Pan e a TV Gazeta, o jornalista e apresentador Flávio Prado afirmou em suas redes sociais que uma das alternativas em estudo para encerrar o Campeonato Paulista é centralizar os jogos restantes em uma única sede.

Os jogadores envolvidos fariam os testes para detecção do coronavirus e cuidados seriam adotados para que os locais de jogos tivessem o mínimo de pessoas presentes. O critério para a escolha da cidade ou região é que ela tenha uma quantidade diminuta de casos.

Bom dizer que tal proposta, se realmente estiver em estudo, não é novidade. A Liga Espanhola estuda finalizar sua temporada com a utilização da região de Tenerife. Na Inglaterra e em Portugal  municípios são analisados para adotar o mesmo expediente.

Não sei se no continente europeu existe capacidade e força para adotar esta solução. Em São Paulo o buraco é mais embaixo. Não por culpa dos clubes, Federação Paulista, dirigentes ou jogadores e sim do caos reinante na saúde brasileira.

Começa por algo básico: a aquisição de testes. Mesmo que a Federação consiga um caminho mais facilitado e livre de burocracia, em que local iria adquirir estes testes? Por qual preço? Quem pagaria? Eles chegariam em tempo hábil para aplicar nos jogadores e dentro do prazo de contrato dos atletas? Se existir local que fabrica no Brasil vem outra pergunta: quem vai pagar a conta? Os clubes ou as federações?

Mais: quem vai arcar com os custos gerados pelas medidas de higienes que precisam ser adotadas neste novo cenário? Não podemos ignorar que nem nos vestiários podem ser registradas aglomerações e todo cuidado deve ser adotado para que todos trabalham com segurança.

E o governo do estado? Vai aprovar o projeto mesmo diante do arrefecimento do isolamento social, que encontra-se em 50%?

Não reprovo a ideia. Se fosse possível e com boa segurança seria uma saída criativa e saudável.

Duro é que, além de enfrentar o vírus, o futebol e a sociedade encaram um oponente chamado burocracia. Ou a venda de dificuldades para viabilizar facilidades. Dureza.

(Elias Aredes Junior)