Análise Pesquisa Ibope: torcedor misto não é problema e sim solução para os clubes campineiros

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A pesquisa divulgada na segunda feira pelo Ibope Repucom a respeito da existência de torcedores mistos no Brasil gerou,  controvérsia e polêmica. O levantamento detectou a existência de muitas equipes com grande legião de torcedores simpatizantes, casos de Londrina e Chapecoense. Aproximadamente 44 milhões de torcedores tem duas opções para acompanhar no final de semana. É 37% do total. Ponte Preta e Guarani não fogem à regra. É um tema tabu na cidade.

Por uma série de motivos. Como explicou de modo didático o amigo e jornalista Ariovaldo Izac na edição desta terça-feira do Brasil Esporte Clube, o período de ouro do futebol campineiro forjou milhares e milhares de pessoas a abraçarem um dos dois times.

Não faltavam motivos: disputa de títulos, dérbis eletrizantes, craques de sobra no gramado e a distância para os gigantes não era acentuada. Ou seja, existia a sensação e a realidade de sonhar com vôos maiores.

Hoje tudo mudou. E penso que os dirigentes deveriam alterar o foco. Não posso pedir uma alteração de pensamento por parte do torcedor. Devo respeitar. Afinal, a paixão muitas vezes impede o raciocínio lógico.

Quem senta na cadeira de presidente pode e deve pensar diferente. Bugrinos e pontepretanos simpatizantes são potenciais consumidores. Ingressos, camisas, chaveiros, produtos licenciados…Uma série de caminhos são abertos para que os caixas das agremiações seja incrementada.

Ainda mais nesta nova ordem do futebol, em que não temos noção de qual a será o tempo que deveremos conviver sem bilheteria. De onde retirar o dinheiro? As pessoas que adotam Ponte Preta e Guarani como o “segundo filho” são potenciais nichos de mercado. Não podem ser desprezados.

(Elias Aredes Junior)