Sebastião Arcanjo teria tudo para desfrutar a volta por cima. Comemorar uma improvável classificação da Ponte Preta para as quartas de final do Paulistão e até tripudiar sobre o antecessor que participou de duas edições do Paulistão e jamais passou para a fase decisiva.
Poderia utilizar o resultado no gramado como escudo para suas próprias atrapalhadas e vacilos na parte administrativa e que indiretamente, gerou o time limitado da atualidade.
Quando tem a faca e o queijo na mão Tiãozinho prefere chutar para o alto a coerência, a liturgia do cargo e falar de quem? Do Guarani. Deveria saber que como comandante de clube deveria pensar somente na Ponte Preta. E só.
Em um áudio que roda as redes sociais, o mandatário tira sarro do Guarani e afirma que ele deveria preocupar-se em pagar suas contas de consumo, de água e luz. Sob o ponto de vista ético, uma falha imperdoável. Por que? Trabalha na CPFL. Deveria saber que é representante da empresa em toda e qualquer conjuntura. Imagine se você é devedor de uma pendência e o representante ou o dono da empresa lhe tira sarro. Seria legal? Não!
Outra: o que ele ganha com isso? Só dor de cabeça. Neste ano, ao apresentar João Brigatti, o mandatário disse que o oponente iria tremer. Resultado: viu a derrota de virada por 3 a 2.
Não adianta pregarmos profissionalismo, planejamento e comportamento decente se os dirigentes portam-se de modo inadequado. Fazem jus a fama de ostentarmos dois times de mentalidade pequena e provinciana.
Dão argumento para aqueles que imaginam que as conquistas das décadas de 1970 e 1980 foram fruto do acaso. Não foi. Mas eles dão combustível para tal conclusão.
Tiãozinho infelizmente fala e depois pensa. Deveria fazer o contrário. Para o bem da própria Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior)