Trabalho de Carpini gera divisão na torcida do Guarani. Não é hora de desespero e sim de ponderação

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O técnico Thiago Carpini divide opiniões no Guarani. Durante a transmissão ao vivo da entrevista coletiva pelo Youtube na noite de terça-feira, uma parte dos torcedores pediam claramente a sua saída na área de comentários. Outros saíram em sua defesa.  Os defensores argumentam que o comandante de 36 anos pegou a equipe em situação dramática, tirou do rebaixamento da Série B de 2019 e que nada mais justo que ele tenha o merecido crédito para esperar a oscilação passar.

Ninguém pode ficar satisfeito com um saldo de cinco derrotas, um empate e uma derrota. Pior do que as derrotas são problemas crônicos que insistem em permanecer. Para ser mais explicito: a falta de criação no meio-campo, o espaço deixado pelos laterais e as falhas nas jogadas de bola parada, em que existe uma mistura de time com baixa estatura com falhas de posicionamentos.

Sou pela continuidade. Uma conjuntura reforçada no Guarani . Sejamos francos: o Alviverde não tem dinheiro. Especialmente após a crise gerada pela pandemia do novo coronavirus.

Pergunto: qual profissional disponível no mercado que pode gerar a mesma relação custo-benefício que Carpini e que conheça os meandros dos bastidores do Guarani? Não tem. Acredito que a saída mais saudável são correções de rota. Paulatinas.

Giovanni precisa ser reconduzido ao time titular. Sua presença dá dinamismo e velocidade. Fato.  É preciso repensar a dupla de ataque. Junior Todinho como segundo atacante é utilíssimo. Na função de atacante de referência é quase nulo. Por incrível que pareça, pelo seu posicionamento no gramado, Rafael Costa é imprescindível, assim como Alemão. Sabem atuar de modo centralizado. Junior Todinho e Waguininho disputam posição? A resposta é positiva!

Quanto a defesa, de modo cauteloso, creio que uma boa alternativa seria pensar em duas saídas: ou atuar com três zagueiros ou com mais um volante ou até um zagueiro à frente da dupla de zaga. Marcelo e Bruno Silva podem ser testados nesta função.

O entrave bugrino atual não é o excessivo toque de bola. Ou a incapacidade de conclusão. A debilidade defensiva fala mais alto.

Todas essas tarefas e correções Carpini é capaz de fazer. Não é de bom grado jogar fora um planejamento que já dura um ano.  Para que o pior não aconteça,  é urgente que Carpini vá ao gramado e trabalho. E troque ideias com a cúpula do futebol. Desespero não leva a nada.

(Elias Aredes Junior)