Guarani no Z-4 e elenco rachado. É preciso agir rápido. Antes que seja tarde demais

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A rodada colocou o Guarani na zona do rebaixamento. Oito pontos ganhos. Perder do Confiança (SE) e sem poder de reação abriu caminho para a apuração sobre o andamento dos bastidores.

Algo não vai bem.

O pontapé inicial foi dado no final de semana, quando o endereço de Instagram “Gols do Bugre” divulgou a existência de um racha no elenco. De um lado, os saudosos do trabalho de Thiago Carpini; do outro aqueles que querem apenas e tão somente realizar um jogo de excelência, seja qual for o comandante.

Este jornalista apurou a noticia e ela tem fundamento.

Cabe perguntar: o que vai fazer Michel Alves? Enquadrar o elenco? Promover uma reformulação? Chamar a atenção sobre a gravidade do quadro? O que não pode é pecar por omissão. Não dá. Fique tranquilo: não vou exigir do Conselho de Administração aquilo que não pode dar: entendimento de futebol.

Um fato é inequívoco: desde que retornou á Série B, em 2017, é o terceiro ano em que o Guarani está mais preocupado com rebaixamento do que com o acesso. A exceção foi em 2018, quando o time foi campeão da Série A-2 e na Série B ficou em nono lugar. Fruto do trabalho de Umberto Louzer, de Luciano Dias como executivo de futebol e do auxilio de Nenê Zini. Os oposicionistas do empresário podem não gostar, mas esta é a realidade. Nua e crua.

Em 2019 e neste ano, bem ou mal, o comando do futebol e a escolha dos profissionais do futebol ficou a cargo do grupo político que hoje ocupa o queijo. Pergunta: fez melhor do que em 2018? Deram respaldo para Fumagalli e Marcus Vinícius Beck Lima? Nada disso. Pior: querem vender campanhas sofríveis como um feito espetacular.

A bola não entra por acaso. Tudo  que acontece nos bastidores respinga uma hora no gramado. As brigas políticas nunca terminaram no Guarani. E mesmo que indiretamente geram uma consequência danosa. Ainda há tempo de recuperação. Desde que a ação seja rápida e energética. Senão, a presença na zona do rebaixamento pode virar uma rotina amarga.

(Elias Aredes Junior)