Coordenadores de páginas bugrinas nas redes sociais divulgaram manifestos. O primeiro para pedir explicações sobre a questão do fornecedor de material esportivo. No segundo texto, a fiscalização foi em cima do trabalho do superintendente executivo de futebol, Michel Alves e algumas contratações, como do atacante João Paulo, agora rebaixado para a equipe que disputará a Copa Paulista.
Apesar de algumas dessas páginas torcerem o nariz para a linha editorial do Só Dérbi ( é direito deles!), não podemos fugir a responsabilidade de apontar um viés positivo no empreendimento virtual. Vou além: talvez seja o principal fato politico do Guarani neste ano de 2020. Mais do que a eleição que escolheu o atual Conselho de Administração.
Explicação é simples. Essas páginas geram engajamento. Compartilhamento. Repercussão. São páginas com milhares de seguidores e que trazem análise daquilo que acontece nas quatro linhas. E óbvio, fazem uma depuração daquilo que merece ser visto com atenção nos bastidores.
Mas a partir do momento que as reivindicações são realizadas de maneira coletiva, indiretamente duas mensagens poderosas são transmitidas. A primeira é de que muito melhor do que opinar isoladamente é influenciar de maneira conjunta. Foco único. E com intenção de alterar uma realidade. Para melhor.
Além disso, a cada postagem, essas páginas incentivem que os torcedores adquiram um espirito crítico aguçado e participem da vida do clube, seja com inscrição como sócio patrimonial, sócio torcedor ou arregimentar vontade para ser um participante nas arquibancadas quando a presença de público for liberada. Pequenas atitudes geram grandes movimentos.
Devemos urgentemente tirar o preconceito em relação a política e suas variaveis. Ela pode e deve modificar realidades e rumos. A iniciativa das páginas bugrinas nas redes demonstram de modo cabal que não há solução para o Guarani fora da mobilização e da participação. Um ato político importante. Que todos acordem para tal realidade.
(Elias Aredes Junior)