Novo técnico do Guarani e os artigos em falta na diretoria: rumo e velocidade

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Comandante de esportes da Equipe Campeã da Rádio Brasil, o narrador Alberto César alertou por diversas vezes a imprudência de equipes que efetuam a troca de treinador e demoram dois ou três dias para anunciar um substituto. Sinal de que não nutrem a mínima noção do trabalho desenvolvido anterior e que só gerou dissabor. O Guarani toma idêntica medida e merece criticas.

Com um agravante: a diretoria transmite a impressão de que não sabe o que quer. Escrevo por volta das 15h50 e até agora um dos favoritos é Felipe Conceição, com passagens no Botafogo (RS), América Mineiro e Red Bull Bragantino. Se olharmos por um lado o seu nome combina com o perfil dos outros dois antecessores, Ricardo Catalá e Thiago Carpini: jovem, estudioso e com uma filosofia um pouco mais ofensiva. E que não considero adequado para o momento. Mas respeita-se a visão de alguns dirigentes.

No mesmo balaio temos Alberto Valentim e Zé Ricardo, ambos com experiência em Série A e figuras como Itamar Schulle e Gilmar Dal Pozzo, ambos com perfil de Série B.

Um cenário é o cronista esportivo (no caso o autor deste texto) considerar que “fechar a casinha” é a saída. É a visão de quem está do lado externo, com a responsabilidade de noticiar e analisar. Agora, duro é quando alguém com a missão de contratar, planejar, definir o perfil do profissional, controlar o orçamento e visualizar outras tarefas decide cogitar profissionais tão díspares.

Quer continuar com um time ofensivo? Banque e dê respaldo. Deseja retrancar? Promova reformulação, não tenha medo de assumir as rédeas e explique a torcida o cavalo de pau. O que não dá é ficar como biruta sem saber para onde vai. Aí fica difícil. Aliás: já está.

(Elias Aredes Junior)