A Ponte Preta está no páreo. Luta pelo acesso. Sonha com o retorno á divisão de elite, local de onde saiu em 2017. Se está na batalha, é preciso lutar com as armas que têm. E que são poderosas. As fragilidades idem. Proponho que passamos a torcer pela construção dentro do Moisés Lucarelli de uma estratégia de “redução de danos”. Ou seja, conseguir o objetivo, apesar dos defeitos.
Direto ao ponto: a defesa pontepretana é frágil. Seja qual for a formação da dupla de zaga. As contratações foram um fracasso. O torcedor terá que conviver com a perspectiva de vencer com drama, sufoco e uma dose de desespero. Não sou eu que diz isso e sim os fatos.
Das 31 partidas da Macaca disputadas na Série B, em apenas seis o time não saiu vazado do gramado. E o primeiro jogo em que saiu ilesa foi no dia 04 de setembro, na sétima rodada, na vitória por placar mínimo diante do Botafogo de Ribeirão. Outros oponentes que não vazaram a Macaca foram o Avaí (vitória por 1 a 0), Guarani (2×0), Náutico (2 x 0), Vitória (0x0) e Oeste (1×0).
Antes de encerrar sua participação, a Ponte Preta vai enfrentar em casa o Cuiabá, Náutico, CRB e saí para atuar contra Juventude, Guarani, Chapecoense e Figueirense. Não é delírio imaginar que a equipe vai sofrer e muito para segurar boa parte destes sistemas ofensivos.
O que fazer? Utilizar ao máximo aquilo que tem de melhor. Não, não é o esquema tático ou um mecanismo de jogo e sim as individualidades. Arrancadas e gols de Bruno Rodrigues, o fator surpresa de Apodi, a liderança técnica de Camilo e o bom aproveitamento de Dahwan na jogada área.
Sem contar ainda que podem ocorrer lampejos de Vinicius Zanocello ou um outro truque de Guilherme Pato. Deveria ser mais? É duro aceitar conviver com triunfos por 2 a 1, 3×2 ou até 4 a 3? Concordo. Mas se a Ponte Preta somou 46 pontos com repertório tão curto, por que duvidar do acesso com este mesmo roteiro? Plenamente possível. Só não pode bobear.
(Elias Aredes Junior-Foto de Álvaro Júnior-Pontepress)