Jogar com a camisa de titular em 1966 não foi a única ligação de José Luiz Carbone na Associação Atlética Ponte Preta. No dia 12 de junho de 1984, Carbone, recém-saído do Fluminense, foi anunciado como novo treinador da Macaca, que tinha como presidente Carlos Vacchiano e cujo o departamento de futebol profissional era conduzido por Fausto da Cunha Penteado.
Carbone assumiu uma equipe com necessidade de dar uma sacudida pois não tinha disputado o Brasileirão daquele ano…A reação era urgente no Paulistão, que na época era a competição mais importante do ano. Carbone não decepcionou.
Na fórmula dos pontos corridos, a Macaca terminou na quinta colocação com 45 pontos em 38 jogos e ficou a frente do rival Guarani, pelo número de vitórias (17 a 16). A conquista foi enaltecida na época e por um motivo: dos 19 jogos como mandante, a Ponte Preta disputou nove jogos no estádio Brinco de Ouro, inclusive um dérbi vencido por 2 a 1. O motivo para o local insólito era de que a reforma do gramado do Moisés Lucarelli apresentou diversos problemas e por isso teve que ser readequado em várias oportunidades. Isso não foi empecilho para Carbone assegurar vaga para a Taça de Ouro do ano seguinte.
Como era tradição na época, o regulamento confuso e cheio de fases fez a Ponte Preta parar na segunda fase, quando em um grupo com CSA, Guarani e Atlético Mineiro, o time mineiro conseguiu a vaga para a semifinal, eliminado na sequência pelo Coritiba. No final, o saldo da Ponte Preta sob o comando de Carbone foi de 13 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas. No Paulistão de 1985, Carbone permaneceu até a 32ª rodada, quando empatou com o XV de Jaú por 1 a 1. O jogo foi no dia 20 de outubro de 1985.
O saldo como treinador foi de 102 jogos, com 42 vitórias, 34 empates e 26 derrotas, 134 gols pro e 95 gols sofridos. De acordo com o jornalista Stephan Campineiro, Carbone é o 12º treinador na lista daqueles que mais vezes comandaram a Ponte Preta à beira do gramado.
Carbone retornou ao clube no final de 2007, quando foi contratado para ser coordenador técnico e ajudar no trabalho de Sérgio Guedes. Ele ficou até o final de 2008, abriu espaço para a contratação de Dicá para comandar o futebol pontepretano.
Independente disso, seu nome já estava cravado na história pontepretana. Merecidamente.
(Elias Aredes Junior)