No texto divulgado na tarde desta segunda-feira, dia 22, para explicar a decisão de aceitar a paralisação de todas as divisões do Campeonato Paulista imposta pelo Plano São Paulo, um item do texto divulgado no site oficial da Federação Paulista de Futebol merece atenção.
Em dado momento, existe o estabelecimento de um compromisso de mudança de atitude. Quando a bola rolar, tudo será diferente. “A FPF e os clubes, por meio de seus departamentos de Comunicação e Marketing, se reunirão com o propósito de intensificar as campanhas relativas aos cuidados de higiene, isolamento social e vacinação, visando amplificar as informações sobre medidas sanitárias de combate à pandemia”, afirmou o trecho do comunicado.
Só esse trecho traz uma confissão explicita: a de que o envolvimento até agora não foi suficiente. É preciso melhorar. Positivo o reconhecimento do erro? Concordo. Mas poderia ser evitado.
Por melhor que seja a boa intenção da Federação Paulista e dos clubes, uma peça não pode falhar neste processo: os jogadores.
Do que adianta fazer ações publicitárias, convencer os atletas a andarem de máscaras na entrada no gramado ou filmar mensagens de alerta a pandemia, se na primeira folga alguns adotam atitudes negativas. Como afirmam os próprios defensores do protocolo: se o documento falha e existe explosão de casos é porque alguém burlou.
Não basta aplicar e melhorar o que já existe. Os jogadores, técnicos e dirigentes precisam se conscientizar daquilo que está em jogo: a vida de todos. Sem isso, nem uma peça publicitária assinada por Washington Olivetto vai resolver.
(Elias Aredes Junior)