Com a instalação da regra de restrição para troca de treinadores na Série B do Campeonato do Campeonato Brasileiro, o Paulistão virou prova de fogo tanto para o técnico do Guarani, Allan Aal como para Fábio Moreno, comandante na Ponte Preta.
Sem o regulamento restritivo, não era incomum campanhas medianas ou decepcionantes no certame regional serem perdoadas em nome da continuidade do trabalho. O longo prazo poderia fornecer ingredientes que fizessem aparecer um futebol de qualidade. Deslizes poderiam ser interpretados como obra do acaso.
Guarani perdeu a final do Torneio do Interior para Red Bull Bragantino de 2020? Ponte Preta parou na semifinal contra o Palmeiras? Sem problema. Na Série B tudo será consertado.
Com a regra de restrição tudo muda. Nenhum dirigente vai bancar a transição do treinador de uma competição para outra com medo de “queimar” uma troca nas primeiras rodadas. Ou seja, indiretamente, as competições regionais ganham valorização para apreciação do trabalho dos treinadores. Foi bem? Continua? Oscilação? Desempenho irregular? Cargo do técnico a perigo.
Não sabemos quando o Paulistão retomado. Fábio Moreno precisa confirmar que o seu trabalho vai evoluir e merece sequência. Allan Aal tem a missão de exibir ofensividade e variedade tática.
Se os dois não produzirem tais atributos até o final do Paulistão, não tenha dúvida: é troca na certa.
(Elias Aredes Junior)