Ponte Preta: Inconsistência administrativa = resultados inconsistentes. Por André Gonçalves

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Normalizar resultados como os de ontem tem sido o buraco cavado pelas administrações da Ponte Preta nos últimos anos.

Não é novidade pra ninguém -já abordamos o assunto nesse espaço algumas vezes-
o problema não é perder. Mas a forma como isso acontece.

Ontem o que menos importava era o troféu. O título daria a certeza de disputar a Copa do Brasil em 2022. Esse era o principal objetivo! Aliás, isso nos faz lembrar a forma melancólica como foi a participação desse ano!

Quais as lições que as derrotas trazem ao clube? Pelo visto nenhuma!

É óbvio que isso sequer passa pelas cabeças que deveriam direcionar a Macaca.

Seria normal correções de percurso durante sua trajetória nos campeonatos que disputa. Mas sentimos que não há planejamento e as coisas acontecem de forma aleatória.

Com a falta de mínimo de previsibilidade a Ponte amarga decepção atrás de decepção e pior, o grande potencial do clube é desperdiçado.

Terminar a primeira fase do Paulista com 7 derrotas em 12 jogos e apenas 4 vitórias, deveria ser motivo de desculpa pública. Vou além: renúncia em massa!

Mas ai vem o torneio do interior e a abordagem da direção é como se fosse o Paulistão. Não, não é! Não se façam de sonsos e desentendidos.

Como abordado por Heitor Esmeriz no GE, não há ganhos consistentes com a troca de comando técnico no ano passado.

Na temporada 2020 foram 4 técnicos distintos e o time não alcançou seus objetivos.

Isso é mais uma prova que o problema não é no comando técnico e sim na administração do clube.

Afinal, são eles que contratam jogadores que não tem condições de vestir a camisa da Macaca. É a diretoria que contrata técnicos sem experiência suficiente para comandar um clube desse tamanho. E o que vemos são resultados medíocres e a óbvia falta de ideia de jogo.

O que a Ponte Preta precisa é de profissionais que gostem do time e conheça profundamente futebol.

Deixar de disputar campeonatos que se parecem “laboratórios” eternos que não nos leva nunca a lugar algum.

Temos que nos contentar sempre com técnicos que são apostas, jogadores que são apostas … Até quando?!

Para os mais “imediatistas” que acha que vencer derbis é suficiente, eu digo: Não é!
O clássico tem sido usado como salvo-conduto para os outros 58 jogos da temporada.

Um time sólido e com boas perspectivas de campanha seria muito mais importante. Assim os derbis também entrariam no planejamento e traria a certeza que existiria a perspectiva de  um bom papel com vitória ou não.

(Artigo de autoria de André Gonçalves: especial para o Só Dérbi)