Guarani, saída e contratação de treinador e a indefinição de qual modelo seguir no futebol

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Ao ler as reportagens dos portais de informação nesta sexta-feira, dia 21 de maio, temos o seguinte diagnóstico: Léo Condé iniciou as conversas com a diretoria do Guarani e, apesar de alguns empecilhos na parte financeira, é aquele com maior possibilidade de assumir a equipe. Mesmo que ocorra a necessidade de pagar multa contratual.

Jorginho, por sua vez, não está descartado. Apesar de encontrar-se em padrão financeiro distante daquilo que o Guarani pode pagar é um desejo do Conselho de Administração, especialmente de Ricardo Moisés.

Acompanho o desenvolvimento do noticiário e vem a conclusão: o Guarani não estava preparado para a demissão de Allan Aal. Qualquer desligamento é um ato imprevisto. Mas alguns fatos nos levam a tal linha raciocinio.

A primeira é que entre a derrota nos pênaltis para o Mirassol e a consumação do desligamento na segunda feira, Allan Aal ainda trabalhou no clube normalmente. Nos dias subsequentes a desclassificação nenhum sinal foi emitido pela diretoria de que algo mudaria.

Motivo para mudança de opinião? Ricardo Moisés em entrevista coletiva afirmou que era preciso alterar de patamar. Será que 13 jogos não foram suficientes para concluir que Allan Aal era capaz ou não de cumprir tal missão? Como chegaram a essa conclusão quase cinco dias depois? Pois é.

Para quem está integrado a cultura (errônea) do futebol, mudanças são efetuadas de modo rápido. Vide o Grêmio. Desde a saída de Renato Portaluppi, Tiago Nunes sempre foi o nome ventilado. A demora de uma semana para anunciar o seu nome foi gerado por questões burocráticas.

O Guarani já pensou em Jorginho, Léo Condé e ainda viu especulações em cima de Daniel Paulista.

Se quiser mudar a cultura e o comportamento é preciso arcar com as consequências de suas escolhas. Caso não suporte, o Guarani precisa aprender a sobreviver na velha dança das cadeiras. Que não permite vacilo.

(Elias Aredes Junior)