O futebol estremece, mudanças são promovidas e Michel Alves não dialoga com a torcida. Como explicar?

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Quando alguma crise aparece no CSA pode apostar que a presença de Rodrigo Pastana é imperiosa. No Botafogo de Ribeirão Preto, que vai disputar a Série C, Paulo Pelaipe é convocado a dar explicações. E dá.

Após cair na fase inicial do Campeonato Paranaense, o Coritiba demitiu o executivo José Carlos Brunoro e colocou o ex-presidente Vilson Ribeiro para decidir sobre contratações e dispensar. E pode apostar que uma hora ele falará com a imprensa e prestará esclarecimentos ao torcedor.

Fiz tal preâmbulo para  apontar que o Guarani está sem técnico desde segunda-feira. Concordo, o presidente Ricardo Moisés fez o certo ao comparecer para uma entrevista coletiva. Se o conteúdo agradou ou não, isso é outra história. Agora, como explicar o silêncio de Michel Alves, o superintendente executivo de futebol?

São seis dias sem uma aspas, uma declaração, uma justificativa sobre a saída de Allan Aal e a chegada de Daniel Paulista. Detalhe: ele, por livre e espontânea vontade poderá até gravar um vídeo ou dar uma declaração a torcida bugrina. A tecnologia hoje permite que nem tenha o contato com a imprensa. Bastaria uma declaração nas redes sociais e pronto. Justificar ao cliente do restaurante porque vai servir determinado prato.

Nada disso. Michel Alves opta pelo distanciamento. Pela ausência de interlocução. Se der certo? O mérito será do treinador e dos jogadores. Ele não levará nenhuma porcentagem da partilha. Se fracassar? Bem, aí o mundo cairá sobre sua cabeça. Como já ocorreu na gestão de Allan Aal. Infelizmente, parece que não aprendeu.

(Elias Aredes Junior)