Durante os 90 minutos no estádio Couto Pereira o camisa 78 do Guarani encarnou o espirito que emana do número em relação a história do clube.
Régis deitou e rolou.
Não foi apenas o gol marcado. O ex-armador do Palmeiras e do Bahia encarnou o espirito que se pede de um autentico camisa 10: deu passes longos, organizou o setor de meio-campo, chutou de média e longa distância e teve fôlego para auxiliar na marcação.
Atuação quase perfeita.
Em conjuntura normal seria assunto resolvido. Nem tanto. Régis foi o substituto de ultima hora de Andrigo, deixado em Campinas por lesão. E agora? O que fazer?
Não é tarefa fácil para o técnico Daniel Paulista.
São dois estilos distintos.
Régis é clássico, cadenciado e quer ditar o ritmo da partida; Andrigo é vertical, rápido, contundente e finalizador eficiente.
Você pode pensar que por serem de estilos diferentes há possibilidade de conciliação. Por enquanto é difícil. Por ser um jogador que atua no rumo do gol, Andrigo consegue se adaptar na faixa central do gramado, mesmo espaço ocupado por Régis.
Quando atuaram juntos o resultado foi ruim. Ou vai esquecer do dérbi 199, quando os dois iniciaram como titulares e no final um anulou o outro?
Não vou descartar uma possibilidade de conciliação tática.
É outra comissão técnica e com conceitos e ideias diferentes. Quem sabe se nestes 10 dias de treinamentos, o técnico encontre um time que englobe Régis e Andrigo. O que seria um delírio para Lucão do Break, que certamente será titular e chegou com fome de gol. Vamos aguardar.
(Elias Aredes Junior- foto de Thomas Marostegan-Guaranipress)