Em janeiro de 1996, sete mil bugrinos podiam participar da vida política do clube; Hoje são 650. Isso não te deixa indignado?

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Ao acompanhar o noticiário do Guarani vejo que o Conselho Deliberativo programou para a próxima terça feira uma reunião para prestação de contas daquilo que aconteceu no Campeonato Paulistas e as perspectivas para a Série B do Campeonato Brasileiro.

De acordo com as regras estipuladas podem participar “sócios proprietários do Guarani Futebol Clube, titulares há mais de um ano, maiores de 18 (dezoito) anos, quites com os cofres sociais e em pleno gozo de seus direitos estatutários”, de acordo com o texto no estatuto.

O que chama atenção e é para deixar qualquer estarrecido é que mais de 650 associados estão dentro destes critérios. Pense bem: o destino de um clube com, no mínimo, 400 mil torcedores na Região Metropolitana de Campinas não tem 1.000 sócios habilitados. Já foi pior: em 2019, os associados estão em torno de 501. Inadmissível.

Só para recordar: quando foi reeleito para um terceiro mandato em março de 2011, Leonel Martins de Oliveira venceu Horley Senna e 860 pessoas estavam aptas a participarem do pleito. Quatro anos antes, o mesmo Leonel foi eleito em um colégio eleitoral com 1061 pessoas

Mas comprovação da deterioração da participação política e comunitária dentro do clube está ao revisitarmos as eleições ocorridas no dia 20 de janeiro de 1996. Na ocasião, o Guarani tinha 7 mil associados aptos a participar da vida política do clube. E desse total, 2908 pessoas compareceram para escolher o novo presidente. Beto Zini foi reeleito com 2211 votos contra 669 votos dados a Adilson Hungaro, já falecido.

Em janeiro de 1996, o Guarani tinha sete mil sócios aptos para escolher o seu presidente e participar da vida política do clube. Hoje são 650. Sim, reconheço que a oposição tem argumentos mil para enfileirar sobre a desidratação da vida política no Guarani. Mas não deixa de ser espantoso ver o tamanho da desidratação política que produziram no clube.

Se isso não te deixa espantado e indignado considero melhor rever os seus conceitos.

(Elias Aredes Junior-foto divulgação)