O futebol tem um lado humano fascinante. Histórias de gente que dá a volta por cima e finca seu nome na história. Ou construir um trabalho digno e decente. Bruno Sávio sempre viveu no fio da navalha. Em 2020, os momentos de paz foram exíguos. Criticas e mais críticas.
Em pleno 2021 o jogador deu a volta por cima. Marca gols, participativo e por vezes brilha como protagonista. E na entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira, o jogador descreveu como isso afetou a sua família e seus amigos mais próximos. É uma declaração que faz a gente pensar.
Ele disse: “Quem sofre mais (com as criticas) é a minha família. Quando não vivemos uma fase boa a gente se blinda das criticas. Nós sabemos e até encontramos torcedores e somos cobrados. Desde que seja uma critica construtiva e puder evoluir, tudo bem. Quero frisar: quando entro no campo, eu não defendo apenas o escudo e a história do Guarani, eu também represento a minha esposa, a minha filha, os meus pais, os meus sogros. Eu tenho uma base e pessoas que gostam de mim e me apoiam. Quando entro em campo eu apoio eles”, afirmou o atacante bugrino.
Declaração consciente. Pé no chão. E que provoca reflexão. Lógico que fraca produção no gramado, domínio de canela e decepção não pode passar batido. Tem e pode ser criticado. Nós, cronistas esportivos, jamais podemos perder isso de vista. Falamos sim para o torcedor. Mas do lado do receptor sempre tem um amigo, parente, esposa, filho (a) e que dependendo da critica também pode se ferir.
A declaração de Bruno Sávio nos chama atenção para algo fundamental: tudo tem limite.
(Elias Aredes Junior)
Confira a íntegra da entrevista coletiva: