MRP e o drama do rebaixamento: quantos vão assumir a cota de responsabilidade no processo?

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De modo compreensivo, o torcedor pontepretano vive um instante de luto. Está cabisbaixo e por vezes desanimado com o futuro. Teme pelo desempenho da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro.

A culpa recai sobre o presidente Marco Antonio Eberlin e sobre a diretoria executiva. Os canais no clube nas redes sociais são utilizados como uma maneira de desafogar as magoas, cobrar promessas – o que é justo- e pedir explicações.

Temos que ser justos: a disposição de Eberlin em conversar com a imprensa é infinitamente maior do que antecessores. Vanderlei Pereira, o presidente na queda do Brasileirão de 2017, divulgou uma carta, realizou uma entrevista coletiva e só. Nada de conversa com as rádios e portais. Lógico, isso não livra a cara de Eberlin. É o responsável pela condução do clube e precisa lidar com a situação.

Agora, a pergunta não deveria ser calada: quem deseja estender a mão? Quem quer ajudar? Eu reflito em relação ao próprio grupo que lhe dá respaldo político, o MRP. Convenhamos: para muitos é conveniente ver o mandatário apanhar virtualmente as 24 horas do dia e enquanto isso desfruta-se de absolvição indireta.

Pois é.

Onde estão as centenas de apoiadores que lhe franquearam o voto? O que fazem? Como ajudam? De que maneira vão auxiliar a Macaca e consequentemente a Diretoria Executiva?

O comandante pode ser até o responsável direto pelo processo. E é.

Mas apoiadores também deveriam aparecer. Dar abraço, aperto de mão na hora do filé mignon é fácil. Quero ver exibir tutano na hora da tempestade. Que não é uma turbulência de A,B ou C e sim da Ponte Preta. É ela que precisa ser socorrida. Urgente.

(Elias Aredes Junior-Foto de Diego Almeida-Pontepress)