A Ponte Preta perdeu do Novorizontino por 1 a 0 e deu todos os ingredientes para o torcedor ficar preocupado em relação a uma campanha com altos e baixos na Série B e que pode flertar com a zona de rebaixamento. Isso se não entrar na zona da degola em algumas rodadas. Convenhamos: na parte política seria um desastre para a atual administração comandada por Marco Antonio Eberlin, que já tem um rebaixamento na conta.
No gramado, uma equipe sem criatividade, que pouco chuta a gol e que se resume ao poderio e poder de definição de Lucca.Que não jogou diante do Novorizontino. A Macaca paga o preço por não encontrar um plano B.
Reconheço: o time luta, tem pegada, alguns bons valores como os valores Felipe Amaral e Léo Naldi e um goleiro confiável, autor de uma defesa de pênalti, que deixou a Ponte Preta viva até o ultimo segundo de jogo. Mas convenhamos: é pouco. Muito pouco. O futebol na atualidade pede mais. Muito mais.
Como não acompanhamos os treinos não há como saber se o atual contundido Fabinho e Bismark podem suprir a posição de armador. Porque está na cara que a Macaca precisa de um jogador para aplicar um futebol cadenciado, de toques finos e com capacidade de definição. Um organizador do caos. Se a diretoria de futebol e a Diretoria Executiva consideram que o elenco não tem debilidade, sinto discordar. É uma falha na concepção do elenco e que precisa ser consertada.
Hélio dos Anjos não deixou de ser competente. O time da Ponte Preta não é o pior time do mundo. Ou da Série B. Mas está longe de ser o melhor.
Hoje são oito pontos somados. A Macaca precisa de mais 37 nas 31 rodadas restantes para evitar uma trágica queda para a Série B.
Aos defensores da atual diretoria: não adianta chiar, reclamar ou enxergar Teoria da Conspiração. A Ponte Preta não pode sofrer um novo rebaixamento. O trabalho no geral ainda deixa a desejar. E uma das funções é analisar e cobrar. Querem um tratamento melhor da opinião pública? Vençam jogos e melhorem a produção no gramado. Simples assim.
É preciso arregaçar as mangas e trabalhar com excelência. Se estivéssemos lidando com neófitos na bola, ainda vá lá. Mas a Macaca é comandada por um técnico experiente (Hélio dos Anjos), um npresidente que tem o futebol correndo pelas veias (Marco Antonio Eberlin) e um coordenador de futebol que já esteve nos principais centros do mundo. Certamente sabe separar o bom do ruim.
É isso. Chega de disputas políticas e bla blá blá. A torcida pontepretana quer serviço eficiente e campanha digna na Série B. Sem vacilos em casa e com boa produção como visitante. A torcida merece.
(Elias Aredes Junior-com foto de Alvaro Junior-Pontepress)