O torcedor do Guarani não tem um minuto de paz. Mas ainda existe chance de renovar a esperança!

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O torcedor do Guarani não tem um minuto de paz. Presença na zona de rebaixamento, elenco com montagem equivocada, ausência de esperança e de quebra existe a necessidade de buscar a vitória contra o Ituano, hoje, às nove e meia da noite, no estádio Brinco de Ouro.

Em conjuntura normal, já existiria motivo suficiente para queimar os neurônios e adotar a tensão como parceira de vida. Mas com o terremoto produzido pela demissão da comissão técnica e da Superintendência de futebol, também existe a prioridade de se buscar de maneira urgente a remontagem do Departamento de Futebol Profissional.

Por aquilo que foi apurado por este jornalista, o comando do futebol caminha para ser entregue para Rodrigo Pastana, responsável pela montagem do time que foi vice-campeão da Série C com o próprio Guarani em 2016. O executivo continua negociando e busca sua liberação com o Vitória. Caso dê errado, o segundo na lista de preferências seria Agnelo Gonçalves, com serviços prestados por Joinville, Avaí e Fortaleza e que tem como especialidade a reconstrução das categorias de base.

E o técnico? Mozart caminhava para um acerto, mas um conflito de pensamento entre a diretoria do Guarani e os seus representantes melou o negócio. Opções? Não dá para saber o que se passa na cabeça dos dirigentes bugrinos. Dá para dizer entretanto o que acontece com as opções citadas pelos torcedores nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens.

Recentemente demitido do Bahia, Guto Ferreira declarou em alto e bom som que pensa em descansar e planejar muito bem o seu próximo passo no mercado. Pintado por sua tem problemas particulares para resolver e por enquanto não quer assumir nenhum clube. Ou seja, é muito provável que um nome que não esteja na boca do povo seja contratado para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.

No entanto, uma pergunta precisa ser feita: qual a missão de quem assumir a condução do Guarani nos gabinetes e no banco de reservas? O que precisa ser feito?

Contratar jogadores qualificados pode ser insuficiente. Mudar a estrutura de jogo e encontrar jogadores decisivos não vai bastar. É preciso colocar a casa de ordem. Em resumo, é preciso estabelecer os parâmetros necessários para que os jogadores tenham consciência de suas tarefas.

Sim, atacar a República da Boleiragem é a missão primordial de um clube envolvido na luta contra o rebaixamento. A instalação da disciplina é fundamental. Não dá para negociar. Percebe-se nitidamente nas entrevistas e nas declarações que os jogadores se sentem donos do clube. Ditam as normas e mesmo que indiretamente conduzem as soluções.

Querem um exemplo? Está nitido para todos que a demissão de Daniel Paulista teve componentes de relacionamento desgastado com os jogadores. O que foi feito? Não era possivel inverter ou estancar o processo? Fato é que a campanha de Daniel Paulista com o CRB mostra que ele está muito longe de ser incompetente. Pode ter colaborado na montagem do time? Ok, mas a sua metodologia de trabalho não era o problema central. Longe disso.

Fato é que o Guarani precisa vencer o Ituano, fugir da zona da rebaixamento, contratar um novo Executivo de Futebol e um treinador. E ainda contentar uma torcida cansada e esgotada por tantas medidas equivocadas. É hora de agir e o rumo da prosa. Porque infelizmente já é tarde demais.

(Elias Aredes Junior)