Quero falar sobre alguém que não existe no Guarani. Alguém que ainda não vestiu o calção e a chuteira ou a camisa oficial. Mas é alguém que o torcedor deposita toda a esperança. Chame de super reforço. Ou de salvador da pátria. Ou de super herói. Bem, daí você escolhe o seu preferido: homem aranha, superman, Thor…Escolha o seu preferido e renove a fé.
A cada semana as apostas se renovam. Em um momento todos olhos ficaram vidrados em virtude de uma proposta encaminhada ao atacante Jô. Nada feito. Waguininho, Régis…todas as negociações são acompanhadas de uma inevitável frustração.
Uma semana já se passou e nenhum reforço de peso foi contratado.
Justiça seja feita: Jamerson o lateral-esquerdo fez boas apresentações e o meia atacante Isaque provou por A mais B que com o passar do tempo pode ser muito útil para um ataque que é um dos piores da competição. Triste. Desesperador.
Talvez o que ninguém percebeu é que todo esse alarido serve de maneira acalentada ao Conselho de Administração, Conselho Deliberativo e todos aqueles que estão envolvidos nesta campanha de péssima qualidade.
O raciocinio é simples. Enquanto falamos de reforços e de busca no mercado esquecemos de alguns pontos básicos.
O primeiro é que se existisse vontade de aproveitar a janela de transferências iniciada no dia 18 de julho nós saberíamos logo no primeiro dia quais jogadores seriam contratados e utilizados para reformular o elenco.
Convenhamos: é muito pouco, quase nada trazer Jamerson e Isaque para um time enfiado na zona do rebaixamento e com produção deplorável em boa parte da competição.
Considero que o torcedor bugrino precisa alterar a sua postura.
Sim, pode e deve cobrar e exigir reforços para fugir da degola. Mas não pode perder de vista o principal: se o time precisa contratar de sete a oito jogadores e necessita de uma reformulação total é porque o presidente do clube, Ricardo Moisés, foi o responsável por avalizar a montagem de um elenco de clara limitação técnica. E que ele diz que ainda é bom. Ainda dá tempo de acordar e corrigir a rota. Basta querer.
(Elias Aredes Junior)